A síndrome de Burnout, também conhecida como ‘síndrome do esgotamento profissional’ vem atingindo cada vez mais pessoas e chamando a atenção de especialistas no assunto. Em linhas gerais, trata-se de um estado de exaustão física e mental resultante da exposição crônica ao estresse no trabalho.
E como identificar os sintomas? Existe um perfil de pessoas ou profissionais mais susceptíveis ao problema? As psicólogas Leidiane Fernandes e Valéria Lucas explicam.
De acordo com Leidiane Fernandes, a síndrome de Burnout se caracteriza por uma sensação extrema de fadiga, despersonalização e uma diminuição do senso de realização pessoal no trabalho. Leidiane explica que sintomas comuns incluem cansaço, apatia, irritabilidade e dificuldade de concentração. “A síndrome de Burnout é especialmente comum em profissões que envolvem alto nível de estresse, longas horas de trabalho e demandas emocionais intensas, como a área da saúde, educação, serviços de emergência e profissionais da imprensa.
Ela pode ter sérias consequências para a saúde física e mental, incluindo problemas como depressão, ansiedade e esgotamento completo, por isso a importância de se procurar um especialista ao sinal dos primeiros sintomas”, alertou.
*E como reconhecer os sintomas?*
Leidiane Fernandes disse que essa é uma etapa importante para o sucesso do tratamento. Segundo ela, o diagnóstico da síndrome de Burnout é feito após análise clínica do paciente e o tratamento, basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos a depender da situação.
Ela explicou que o tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso.
“Em situações em que esses sintomas são negligenciados, o portador da síndrome pode acumular uma variedade de enfermidades, como dores musculares, alterações gástricas, distúrbios cardiovasculares, dores de cabeça, aumento da vulnerabilidade a infecções e insônia”, observou.
*Como evitar o esgotamento no ambiente de trabalho?*
Para a psicóloga Valéria Lucas, a prevenção da síndrome pode e deve ser feita com práticas consideradas simples, mas eficazes no ambiente de trabalho. Uma delas, segundo a especialista, é o apoio adequado aos trabalhadores. “Isso é fundamental: entender o que aquele trabalhador está enfrentando e ministrar a terapia adequada vai fazer toda a diferença para o bem-estar e saúde dele”, disse.
Outras iniciativas que devem ser adotadas são a humanização dos horários de trabalho, implantação de planos de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, realização de programa de boas-vindas e desenvolvimento de liderança de gestores.
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