Os secretários do governo João Azevedo Waldson de Souza (Planejamento) e Livânia Farias (Administração) estão sendo alvos da nova fase da Operação Calvário, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPPB), nesta sexta-feira (1º), além de Analuisa de Assis Ramalho. Também foram expedidos mandados de prisão preventiva são contra o empresário Daniel Gomes da Silva, Michele Louzada Cardoso e Leandro Nunes de Azevedo, assessor direto de Livania e que desde 2011, no governo Ricardo Coutinho, tinha cargo comissionado.
De acordo com as informações, desde às 14h o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) está na casa dos auxiliares do governo cumprindo mandados de busca e apreensão e prisão preventiva. As investigações dizem respeito a suspeita de fraude na gestão da Cruz Vermelha em hospitais da Paraíba e outros estados do Brasil.
Waldson e Livânia são alvos de busca e apreensão, além de Analuisa de Assis Ramalho. Já os mandados de prisão preventiva são contra o empresário Daniel Gomes da Silva, Michele Louzada Cardoso e Leandro Nunes de Azevedo.
Essa fase é uma continuidade da operação deflagrada em dezembro.
Com base nas investigações do Ministério Público Estadual, foi revelado como funcionava o grupo através de uma espécie de um organograma montado pelo próprio MPPB. Na pirâmide montada aparece no topo da cadeia das possíveis fraudes o empresário Daniel Gomes. Na Paraíba, conforme o organograma, quem comandava era a Secretaria Estadual de Administração.
Logo abaixo do comando administrativo estadual aparecia o Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP), órgão contratado pelo Governo do Estado para fazer a seleção dos profissionais que se candidataram para atuar no Hospital Metropolitano dom José Maria Pires, em Santa Rita, e também responsável pela própria administração da unidade hospitalar, comandada por Luís Felipe Abreu (presidente) e Ellen Leite (diretora financeira). O IPCEP também administra o hospital de Mamanguape.
Roberto Calmon, preso na Paraíba, era um dos últimos no comando do esquema de desvio de dinheiro.
Entenda como foi a 1ª fase operação
A Operação Calvário, realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ-Gaecc) em parceria com o Ministério Público da Paraíba (MPPB-Gaeco) e o Ministério Público de Goiás (MPGO-Gaeco), cumpriu mandado de prisão em João Pessoa, como parte de uma investigação sobre desvios na filiada do Rio Grande do Sul da Cruz Vermelha.
Conforme apurado nas investigações, uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira era comandada pelo empresário Daniel Gomes da Silva, que já possui condenação criminal em primeira instância pelo crime de peculato, em razão de sua empresa ter sido contratada por valores superfaturados para o serviço de manutenção de ambulâncias à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.
Operando sob a denominação e o CNPJ destas entidades não governamentais, a organização criminosa comandada por Daniel obteve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão de reais em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em outras unidades da Federação.
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