Estresse e uma vida corrida. Essa é a realidade da maioria das pessoas. Uma rotina que não era diferente para o bombeiro civil e instrutor Romerio Ricardo de Souza, 41 anos. Esses fatores conduziram ele ao Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, no ano passado, quando apresentou um tumor cerebral de 5 cm.
Romerio descobriu o tumor cerebral após passar mal com uma forte dor na cabeça. Quando foi socorrido, insistiu para que o trouxessem ao Hospital de Trauma. “Acabei descobrindo o tumor por acaso, após sofrer por semanas com fortes dores na cabeça. Embora o tumor fosse benigno, ele era tão grande que corria sério risco de ficar cego. Mesmo com todo risco que corri, não fiquei com sequelas. Agradeço a Deus por ter me conduzido ao Hospital de Trauma e sua equipe de especialistas preparados”, frisou.
Segundo o neurocirurgião Daniel Ronconi, o paciente Romerio Ricardo deu entrada na unidade hospitalar apresentando forte dor de cabeça e sonolência. “Foram feitos alguns exames como tomografia e ressonância magnética e constataram um tumor GH (hormônio do crescimento), medindo 5 cm que estava comprometendo a visão dele. Por isso, foi realizada uma cirurgia de urgência. Devido a estrutura hospitalar de UTI e enfermaria, ele foi um paciente que evoluiu muito bem e recebeu alta logo”, ressaltou.
A pessoa que o bombeiro civil mais lembra nos dias de angústia é do médico que o operou, com o qual tem muito carinho e respeito. “Só tenho elogios com relação à equipe da neurocirurgia do Hospital de Trauma. Em especial ao médico Daniel Espíndola Ronconi pelo profissionalismo, destreza, amor e cuidado com seus pacientes. Não encontramos profissionais assim em todos os hospitais, são poucos que, como ele, acompanham seus pacientes mesmo quando deixam a unidade hospitalar. A gente não vê isso nem nos hospitais particulares”, salientou.
O neurocirurgião Daniel Ronconi ressaltou que, seja da rede pública ou privada, o médico necessita de tranquilidade e deve ter todas as ferramentas necessárias para um atendimento no qual possa oferecer o melhor de seu conhecimento e, principalmente, todo respeito. “Mesmo trabalhando em um hospital de urgência e emergência, procuro conhecer meu paciente, descobrir suas queixas, averiguar seu passado, seus anseios e angústias, e fazer com que ele termine o tratamento aliviado, com perspectiva de que seu problema foi, se não resolvido, encaminhado”, destacou.
A unidade de saúde é uma das poucas instituições que tem neurocirurgião 24h, de forma ininterrupta, e neurologista clínico. Como é um hospital de porta aberta, recebe diariamente demanda espontânea e pacientes conduzidos pelo Serviço Móvel de Urgência – Samu, pelo Corpo de Bombeiros, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), além dos trazidos pelos municípios circunvizinhos pela rede de regulação interestadual.
O Hospital de Trauma é referência em neurologia, principalmente em atendimentos a vítimas de trânsito, traumas dos mais diversos e Acidente Vascular Cerebral, além disto, é modelo para casos que apresentam outras comorbidades neurológicas e que precisam de investigações iniciais, tais como: convulsão, dor de cabeça, dor na coluna, desmaio, confusão mental e outras.
O setor de estatísticas da unidade de saúde divulgou que, só nos últimos nove meses, a instituição recebeu 3.065 pacientes por Trauma, 2.233 por AVC, dor de cabeça (792), convulsão (549), dor na coluna (192) e desmaio (104). Esses números são muito maiores quando somados outros atendimentos como é o caso de vítimas por ferimento por arma branca e fogo, queda, agressão física na cabeça e outros.
Atualmente a maioria das cirurgias de tumores é encaminhada para o hospital referência no Estado, que é o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita. O Hospital de Trauma só realiza cirurgia quando o caso gera traumas na cabeça e coluna ou AVC hemorrágico. Além disto, alguns tumores com metástase cerebral quando não podem ser realizados no Hospital Napoleão Laureano.
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