Mesmo com o Índice de Infestação do LIRAa (Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti) da Capital sendo o menor entre as capitais no Nordeste, as ações contra o Aedes aegypti precisam acontecer de forma contínua com a participação tanto do poder público, quanto da população.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (GVAZ), alerta a população para a importância desse combate ao mosquito transmissor de diversas doenças, como a dengue, a zika, chikungunya e até a febre amarela.
Nessa época do ano, em que aumenta o volume de chuvas, é preciso estar atento em relação a tudo que possa acumular água nos arredores da residência, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
“É importante que as pessoas procurem averiguar seus quintais e verificar tudo o que, por ventura, possa acumular água, seja um saco plástico, um descartável e tantos outros pontos que podem juntar água e virar foco do mosquito. Também é importantíssimo verificar as calhas ou qualquer depósito em cima das casas que possa acumular água”, orienta o gerente da Vigilância Ambiental e Zoonoses, Nilton Guedes.
Nilton orienta ainda que os ralos que estejam fora de uso devem ser inutilizados. “O ideal é revestir o ralo com um plástico, fechando-o completamente, pois mesmo que exista larva lá, ela pode até emergir, mas não consegue sair, extinguindo assim o foco. Além disso, orientamos que as caixas d’água sejam cobertas com aquelas telas protetoras, que costumamos colocar nas janelas, protegendo inclusive, aquele cano de escape, conhecido também como cano ladrão, que existe para que a água não transborde”, complementou o gerente.
Embora algumas pessoas acreditem que apenas em casas com jardim e quintal podem ter focos do Aedes aegypti, dentro dos apartamentos também existem lugares que podem acumular água e se tornar criadouros, como potes de água para animais, floreiras em varandas, reservatório de água para pássaros, dependência de empregada pouco utilizada (pia e vasos sanitários), área de serviço (atrás da máquina de lavar roupa), aparador de água de filtros de parede, hortas e vasos nas janelas e sacadas.
Nas áreas comuns dos condomínios residenciais podem ser focos: piscinas e hidromassagem sem cobertura, churrasqueiras, play, floreiras, lava pés de piscinas, bromélias em jardins, instalações de salão de festas, banheiros e copa.
Ao longo de todo o ano são realizadas atividades de prevenção e controle ao mosquito com visitas domiciliares para orientação e controle com larvicida, colocação de armadilhas para coleta dos ovos, peixes em piscinas desativas, além da realização do Levantamento de Índice Rápido de Infestação, que indica as áreas de risco e os principais criadouros.
Em João Pessoa, dados do segundo Índice de Infestação do LIRAa (Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti) de 2018, realizado na primeira quinzena de abril, é de 0,5% .Mesmo com baixo índice e com as ações da SMS, a participação da população é fundamental para evitar a formação de criadouros para o mosquito e consequentemente sua reprodução.
Grupo Sentinela – Com intuito de ampliar as ações de Vigilância em Saúde em João Pessoa, a Secretaria de Saúde definiu um grupo técnico operacional que planeja e desenvolve ações de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de diversas doenças. O Grupo Sentinela é conduzido pela Diretoria de Vigilância em Saúde e será responsável pelas atividades que envolvam o vetor.
As ações do Grupo Sentinela são desenvolvidas em duas frentes de ação imediata, a educativa e a preventiva. As ações do Grupo incluem visitas de agentes da SMS a hotéis, pousadas, cemitérios e mercados públicos, com a aplicação de inseticida sempre que necessário, além da distribuição de material educativo e orientações à população sobre formas de prevenção e de evitar o surgimento de criadouros para o mosquito.
O Grupo Sentinela é composto pela Diretoria de Vigilância em Saúde, Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Gerência de Vigilância Epidemiológica, Gerência de Atenção Básica da SMS, diretorias de distritos sanitários e conta com o apoio de outras secretarias e setores da administração pública municipal.
Sintomas – Os sintomas do zika vírus são de febre baixa ou ausência de febre, manchas pelo corpo, dores nas articulações, edemas (inchaço) nas articulações, principalmente mãos, e coceira um ou dois dias após início dos primeiros sintomas. Ainda pode aparecer vermelhidão nos olhos, sem coceira ou ardor.
Com relação à dengue, os sintomas são de febre, dores musculares por todo o corpo e sensação de prostração. Na chikungunya, há febre alta (geralmente maior que 38ºC), dores e edemas nas articulações.
Quem apresentar os sintomas de uma das doenças deve procurar sua Unidade de Saúde da Família. Em casos mais graves de dengue, em que há dor abdominal intensa e contínua, é preciso ir a uma Unidade de Pronto Atendimento.
Participação Popular – Quem souber de localidades com possíveis focos do Aedes aegypti, pode denunciar por meio dos telefones 0800-282-7959 ou 3214-5718. Os usuários também podem fazer a denúncia através do email coessmsjp@gmail.com
Secom-JP
Discussion about this post