A Vigilância Ambiental de João Pessoa reuniu os gerentes das Unidades de Saúde da Família (USF) para orientar sobre as estratégias da rede municipal para o monitoramento de possíveis casos suspeitos de malária. A reunião aconteceu nesta quarta-feira (3) no auditório da Estação das Artes, no bairro do Altiplano.
O gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Nilton Guedes, explicou que não há surto de malária em João Pessoa, mas as equipes de saúde da família devem estar atentas às situações de risco. “A nossa preocupação é não criar pânico entre os gerentes, mas devemos orientar as equipes para casos como pessoas que vêm da região Amazônica, profissionais de ecoturismo, madeireiros, caminhoneiros e garimpeiros”, afirmou.
A orientação é que as pessoas que se enquadram nessas situações e estiverem com sintomas da doença ou já tenham sido notificadas com malária em seu local de origem, devem procurar a USF mais próxima de sua casa. Na unidade, o usuário será atendido pelo médico, que fará os encaminhamentos necessários.
“Entendendo que a atenção primária é porta de entrada para a assistência à saúde e é importante a Vigilância Ambiental dar uma orientação geral aos gerentes sobre o que é a malária, esclarecer que não há surto em nosso território, mas também alertar os profissionais como proceder para que o usuário se sinta acolhido e com o problema resolvido”, disse Ana Giovana Medeiros, secretária adjunta de Saúde.
Segundo a Vigilância Epidemiológica (Viep) de João Pessoa, este ano ainda não foi registrado nenhum caso de malária no município. “Todos os anos são registrados uma média de três a seis casos, mas sempre de pessoas que vieram de fora”, destacou Daniel Batista, gerente da Viep.
Malária – A malária é uma doença infecciosa febril aguda e não contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente à outra pessoa. A doença é causada por protozoários transmitidos pela fêmea do mosquito Anopheles, mais conhecido como mosquito prego.
Os sintomas da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Muitas pessoas antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos de malária no Brasil se concentra na região Amazônica. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.
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