A Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, divulgou imagens das câmeras de monitoramento do Pronto Socorro da Zona Noroeste, que mostram o momento em que uma enfermeira e uma técnica de gesso são agredidas pelas filhas de um paciente que estava internado na unidade de saúde. O G1 obteve acesso às imagens na manhã desta terça-feira (14).
Inicialmente, o vídeo mostra uma das agressoras puxando o cabelo da enfermeira, já no corredor do Pronto Socorro. A briga chegou a ser apartada por outros pacientes, porém, três minutos depois, a jovem consegue se desvencilhar e volta a atacar a outra servidora municipal, que também sofreu alguns ferimentos.
Logo após a agressão, foi registrado um boletim de ocorrência. A administração municipal já encaminhou as imagens para a Polícia Civil, e está colaborando com as investigações. Desde abril de 2018, o Complexo Hospitalar e o Ambulatório de Especialidades contam com 27 câmeras de monitoramento e, em breve, terão segurança privada.
A prefeitura ainda informa que, desde o início da ocorrência, a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Secretaria Municipal de Saúde prestaram atendimento às vítimas e prestaram auxílio durante o registro do boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos.
“Estamos solidários com as servidoras, porque é inadmissível qualquer tipo de agressão aos nossos profissionais. Vamos colaborar de todas as formas para a investigação policial e responsabilização das agressoras”, destacou em nota o secretário municipal de Saúde, Fábio Ferraz.
O caso
O episódio ocorreu na última sexta-feira (10). De acordo com a técnica de gesso, que preferiu não se identificar, a agressora estava com o pai internado no Pronto Socorro da Zona Noroeste, no bairro Castelo, há cerca de uma semana. A discussão começou quando o paciente se levantou para questionar algo à enfermeira, que pediu para que ele aguardasse, e ela reclamou da demora no atendimento.
“A enfermeira estava falando com a filha dele, quando ele a cutucou para perguntar algo. Ela não sabia que ele era o pai da menina. Ela pediu para ele aguardar, e a filha achou ruim, foi quando ela começou a bater na enfermeira. Puxou ela pelos cabelos, arrastou pelo chão”, explica.
A técnica conta que escutou a gritaria da sua sala e saiu para ver o que estava acontecendo. “Quando saí, estava todo mundo no corredor vendo a briga. O pessoal ajudou a separar, e quando já havia acabado, ela começou a se exaltar novamente, e eu pedi calma. Foi quando ela partiu para cima de mim também, me deu chutes, tentou me bater, sorte que consegui contê-la”.
A discussão foi parar na Delegacia de Defesa da Mulher, onde foi registrado um termo circunstanciado de lesão corporal. “Saímos da nossa casa todos os dias para vir trabalhar, e tentamos dar o nosso melhor com o que está ao nosso alcance, com profissionalismo. Procuramos sempre atender as pessoas de uma forma melhor. E isso acontece… É deprimente”.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, duas irmãs de 22 e 26 anos participaram das agressões contra as servidoras municipais. Elas chegaram a ser detidas, foram encaminhadas para a DDM e liberadas em seguida. Já as vítimas foram orientadas sobre o prazo de representação criminal.
Discussion about this post