O ex-diretor da Cadeia Pública de Itaporanga e seu irmão foram condenados a prisão pelos crimes de peculato e corrupção passiva durante o exercício do cargo. Eles foram acusados de cobrar propina para transferir detentos e ainda por desviar insumos alimentícios destinados aos presos.
José Gilberto Ferreira, conhecido como Bertinho Moreira, que foi diretor da Cadeia entre os anos de 2012 a 2015, foi condenado a 15 anos e um mês de reclusão em regime inicialmente fechado pela prática de diversos crimes durante a sua gestão, dentre eles, a cobrança de propina para facilitar a transferência de presos.
O comerciante Gilcleneide Ferreira Leite, conhecido como Cleneide Moreira, que é irmão de Bertinho, foi condenado a nove anos e sete meses de prisão em regime inicialmente fechado. O juiz ainda detalhou em sua decisão que os réus poderão recorrer da decisão em liberdade.
O juiz Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto, da comarca de Itaporanga, decidiu nesta quarta-feira (24) condenar os réus pelos crimes de peculato e corrupção passiva. Ficou determinado que o ex-diretor da cadeia e seu irmão devem começar a cumprir sua pena no Presídio Regional de Patos.
No ano de 2015, Bertinho Moreira chegou a ser preso. Ele cobrava R$ 250 às famílias para transferir os detentos. O caso passou a ser investigado após denúncias dos próprios familiares dos presos.
De acordo com a decisão, o diretor da cadeia ordenava a troca de produtos alimentícios enviados mensalmente pela Secretaria de Administração Penitenciária por outros produtos do mercadinho administrado por seu irmão, Cleneide. Os réus informaram que a troca era feita porque alguns produtos alimentícios eram insuficientes para todo o mês. O juiz entendeu que “não resta dúvida que os indiciados foram beneficiados com as supostas trocas de produtos, onde havia um superfaturamento dos produtos advindo do mercadinho do denunciado Gilcleneide em contrapartida aos produtos desviados da Cadeia Pública de Itaporanga”.
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