Agentes da Polícia Federal (PF) estão nas ruas na manhã desta quinta-feira para cumprir 10 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para gestores dos fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serpros, empresa pública de tecnologia da informação (Serpro). Liderada pelo Ministério Público Federal (MPF), a ação conhecida como “Operação Rizoma” é mais um desdobramento da Lava-Jato no Rio. Um dos investigados, Arthur Pinheiro Machado, foi preso em São Paulo.
Entre os alvos estão o lobista Milton Lyra, citado em operações anteriores como operador de políticos e cujo mandado será cumprido em Brasília; Marcelo Sereno, ex-secretário nacional de comunicação do PT; e Arthur Pinheiro Machado, apontado como operador e criador da Nova Bolsa, que recebeu aportes financeiros dos dois fundos de pensão.
140 policiais federais cumprem, além dos 10 mandados de prisão preventiva, 21 de busca e apreensão no Rio, São Paulo e Distrito Federal. Os Policiais estão na casa de Sereno e estiveram na residência de Lyra, de onde saíram sem o lobista.
De acordo com o MPF, a empresa de Machado recebia dinheiro dos fundos concomitantemente a um contrato de câmbio com empresas de fachada, pertencente a Edward Penn, operador que trabalha nos Estados Unidos. Machado fez um contrato de câmbio para importação de softwares das empresas americanas de Edward Penn. Essas importações eram fraudulentas.
A compra seria simulada por Machado, que enviava o dinheiro para o exterior. A partir da colaboração espontânea de um dos envolvidos, os investigadores puderam verificar que o dinheiro das compras era remetido para fora do país, tendo a participação dos doleiros Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, e seu sócio, Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, ambos acusados de envolvimento em operações de lavagem de dinheiro do esquema do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Eles repassavam o dinheiro depois para pessoas indicadas por Machado. A Lava-Jato aponta a conexão dos fundos de pensão com os doleiros, Juca Bala e Toni, como sendo o elo entre o esquema de lavagem já usado pelo grupo de Cabral
Juca e Toni usavam o mesmo esquema do ex-governador para pagar os gestores dos fundos, indicados por Machado.
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