As milícias, originalmente formadas no Rio de Janeiro por grupos de policiais, ex-policiais, bombeiros e agentes penitenciários com treinamento militar e que diziam proteger e dar segurança a regiões que poderiam se tornar alvo de traficantes, mas que depois passaram a comandar a própria atividade, inclusive praticando outros crimes, parecem ter chegado a Paraíba e uma operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (12), pode ter constatado a movimentação desses grupos no estado.
A Polícia Federal (PF) prendeu um grupo de policiais civis e militares suspeitos de formarem milícia em três estados do Nordeste, entre eles, a Paraíba. No total, foram cumpridos 16 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão.
Os mandados foram cumpridos em cinco cidades de Pernambuco e três do Ceará. O grupo também agia em cidades da Paraíba. Segundo a PF, a “organização é especializada em na prática de crimes violentos contra a vida, além de outras condutas ilícitas relacionadas”, como: homicídio, agiotagem, extorsão, segurança privada ilegal e promoção de jogos de azar.
As penas ultrapassam os 40 anos de prisão. Onze alvos da operação possuem possuem Certificado de Caçador, Atirador Desportivo e Colecionador (CAC). Um dos investigados é um político, da Câmara Municipal de Parnamirim, no interior de Pernambuco.
A PF não divulga o nome dos investigados em suas operações. A ação contou com apoio das Secretarias de Defesa Social dos três Estados e mobilizou 180 agentes federais. “Todos os presos passarão por audiência de custódia e posteriormente serão encaminhados para o Centro de Reeducação da PM-PE e Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna”, informou a PF.
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