O ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, foi morto depois de receber um telefonema do sobrinho, Ricardo Pereira. Por isso, ele saiu de casa com o objetivo de encontrá-lo. Ricardo também alugou um carro no qual Leon e Gean foram buscar uma motocicleta emprestada e depois fugiram para o Rio Grande do Norte. As revelações foram feitas pelo delegado Vítor Melo na manhã de hoje na Central de Polícia de João Pessoa durante entrevista coletiva para trazer novidades sobre o caso de grande repercussão.
O motivo do crime foi financeiro. Dias antes de ser executado, ele teria vendido uma granja e uma casa. Os valores estavam sendo administrados pelo sobrinho, Ricardo Pereira. “Dizer que a motivação foi financeira é muito pouco. O motivo foi ganância e vontade de ter o que é do outro. Ricardo estava encarregado por Expedito de administrar suas finanças. Ele tinha não apenas os cartões de crédito e débito, mas as senhas dos cartões e aplicativos bancários. Todas as transações comerciais e bancárias que envolvessem Expedito precisavam passar por Ricardo, devido à confiança que o tio tinha no sobrinho. Próximo do crime ser consumado, Expedito, que tinha renda de R$ 4,5 mil, começou a precisar vender seu patrimônio para manter os custos de sua vida. Pouco tempo antes do crime, ele vendeu uma Granja e uma casa que ele tinha na cidade de Bayeux. Toda a operação foi feita por Ricardo. Na véspera do crime, na noite de 8 de dezembro, Ricardo marcou um encontro que seria consumado no dia seguinte em um bar próximo à residência da vítima com o pretexto de levar um vereador eleito de João Pessoa para apresentar o currículo da filha de Expedito com a finalidade de que o parlamentar conseguisse um emprego. Levaria ainda as contas do mês para que Ricardo pagasse. No meio do caminho, ele foi surpreendido pelo executor e foi vítima do crime”, explicou a delegada Emília Ferraz, delegada-adjunta de Crimes Contra a Pessoa.
O delegado Vítor Melo informou que há provas técnicas de que Leon Nascimento foi o responsável pela execução do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira. Os outros dois suspeitos, Ricardo Pereira, sobrinho de Expedito, e Gean Carlos, teriam dado apoio logístico e intelectual para o crime. Gean, inclusive, teria entregado a Leon a arma que seria usada para matar a vítima. Para despistar a polícia, após o homicídio, Leon descartou a camisa usada em uma terreno baldio ainda em Manaíra. Por ironia, nas redes sociais há fotos do suspeito usando a mesma peça de vestuário.
Dos três suspeitos, Leon Nascimento foi preso na noite de sábado por estelionato e Ricardo se apresentou ontem e recebeu voz de prisão. Gean Carlos continua foragido.
Com informações do Parlamentopb
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