Entre os 15 presos e os cinco menores apreendidos na quinta-feira (18) durante a operação integrada das Forças Armadas e da Polícia na Favela do Jacarezinho, no Jacaré, Zona Norte do Rio, está um suspeito de ser integrante do grupo que assassinou o delegado Fábio Monteiro, segundo a polícia.
Uma testemunha contou que no dia do crime, Diogo de Almeida Silva, de 35 anos, estava com um fuzil, mas não atirou. No entanto, ele teria dado cobertura ao filho, menor de idade, apontado como um dos que atingiram o policial. O adolescente ainda não foi encontrado. Outro suspeito de ter atirado também é menor de idade.
O delegado Fábio Monteiro foi morto no dia 12 de janeiro, quando foi reconhecido e teve o carro interceptado por bandidos na localidade conhecida como Buraco do Lacerda. Ele foi rendido e levado para a favela onde foi assassinado.
Operação conjunta
Cerca de 3 mil homens do Exército, juntamente com agentes das polícias Civil, Militar e Federal ocuparam, no começo da manhã desta quinta-feira (18) os principais acessos de quatro favelas, na Zona Norte da cidade, entre elas a do Jacarezinho. As forças de segurança conseguiram um mandado coletivo de busca e apreensão.
Foi nesta comunidade que, na última sexta-feira (12), criminosos executaram o delegado Fábio Monteiro. Um dos objetivos da operação era prender Wendell Silvestre, de 21 anos, apontado como autor do crime. Ele não foi localizado durante a operação.
Por conta da operação, o comércio não abriu e pouca gente circulava pelo Jacarezinho na manhã de quinta-feira. O Exército encontrou barreiras nas ruas e por toda a parte havia marcas do abandono de uma guerra sem fim.
A comunidade do Jacarezinho recebeu uma UPP há quatro anos e é vizinha à Cidade da Polícia, que reúne mais de dez delegacias especializadas. Mesmo assim, os buracos de bala estão na caixa d’água, na placa de estacionamento, nas janelas. O lixo se acumula por toda a parte e até os containers da UPP estão em péssimas condições.
G1
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