O empresário Roberto Santiago, preso preso na última sexta-feira (22) durante a terceira fase da Operação Xeque-Mate, que investiga um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo e cujo escândalo envolveu os poderes Legislativo e Executivo da cidade e colocou na prisão o então prefeito Leto Viana, o vice-prefeito e outros cinco vereadores, entre eles, o presidente da Câmara Municipal, tem avançado em tratativas com o Ministério Público e Polícia Federal visando um possível acordo de colaboração.
Informações de bastidores revelam que o advogado Nabor Bulhões, um dos responsáveis por negociar delação premiada de Marcelo Odebrecht, seu cliente, no âmbito da Operação Lava Jato, teria sido contratado por Santiago para encaminhar as bases da negociação que poderá colocar o empresário como colaborador das investigações em troca de algumas regalias, a começar pela própria liberdade.
O proprietário dos shoppings Manaíra e Mangabeira, na Capital, que tenta um habeas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, continua detido numa cela de 16m² com grades, a qual está sendo dividida com outro preso, no primeiro batalhão da Policia Militar, com visitas restritas a apenas parentes de 1º e 2º graus, além de advogados. O recurso está em análise pelo ministro Félix Fischer.
Operação Xeque-Mate
A primeira fase da Operação Xeque-Mate foi deflagrada em abril de 2018 desarticulando um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo. Um escândalo que envolveu os poderes Legislativo e Executivo da cidade e colocou na prisão o então prefeito Leto Viana, o vice-prefeito e outros cinco vereadores, entre eles, o presidente da Câmara Municipal.
De acordo com a denúncia do MPPB, a organização criminosa surgiu a partir da compra do mandato do então prefeito Luceninha, motivada por dívidas da campanha eleitoral. Desde então, a organização passou a praticar diversos crimes como desvio de recursos públicos através da indicação de servidores fantasmas; corrupção ativa e passiva; fraudes em licitações; lavagem de dinheiro; avaliações fraudulentas de imóveis públicos e recebimento de propina para aprovação ou rejeição de projetos legislativos. As investigações mostram que o pagamento da propina teria sido feito com a ajuda do empresário Roberto Santiago.
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