Um grupo de advogados estuda um pedido de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que usaria os mesmos argumentos do processo em curso contra a presidente Dilma (PT). De acordo com a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, o texto deve ser idêntico ao apresentado pela OAB nesta semana contra Dilma.
Temer, presidente do PMDB, também foi citado na delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido), e assinou os decretos que estão sendo apontados como “pedaladas” fiscais. O PMDB foi apontado em delações da Lava Jato como beneficiário de propinas do esquema da Petrobras.
Temer foi citado na delação do senador Delcídio do Amaral e assinou decretos de “pedaladas” fiscais
PMDB rompe com governo e desautoriza ocupação de cargos no Executivo
O PMDB oficializou em reunião de três minutos na tarde desta terça-feira (29) o rompimento com o governo Dilma Rousseff, em votação simbólica por aclamação e não por contagem de votos. O senador Romero Jucá (RR), vice-presidente do partido, que comandou o anúncio, pediu aos presentes que se levantassem para aprovar a decisão, e atestou em seguida que a partir deste dia ninguém do partido está autorizado a ocupar qualquer cargo federal em nome do PMDB. Parlamentares entoaram “Brasil, pra frente, Temer presidente” e “Fora, PT”.
O “a partir de hoje”, contudo, também foi simbólico, e os ministros podem entregar os cargos até meados de abril, e o PMDB ainda pode considerar o pedido de outros para licença da legenda. A moção que determinou a entrega dos cargos e também uma punição a quem desobedecer tem autoria do diretório regional da Bahia, assinada por Geddel Vieira Lima.
Conforme o JB antecipou nesta segunda (28), o vice-presidente da República, Michel Temer, decidiu, em conjunto com Renan e com o senador Eunício Oliveira (CE) declarar a ruptura do PMDB com o governo por aclamação, e não por contagem de votos.
Fonte: Jornal do Brasil
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