A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) votou favoravelmente à aceitação do pedido de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC), em sessão extraordinária online realizada na tarde desta quarta-feira (10).
Foi uma decisão unânime: 69 a 0. E também simbólica: o presidente da Casa, André Ceciliano (PT), poderia decidir monocraticamente, mas levou a discussão para o plenário.
O pedido de impeachment aprovado é de autoria dos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB, e reproduz integralmente a decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que autorizou a Operação Placebo no final de maio. O pedido destaca a suspeita de que Witzel participe da estrutura que deu suporte a fraudes na Secretaria de Saúde do Rio.
“A situação se revela tão alarmante com a existência de corrupção em pleno período de pandemia, crime que poderia ser considerado como hediondo. O comportamento do Chefe do Poder Executivo do Rio, conforme os fatos relatados, se revela inadmíssivel”, diz trecho do pedido.
Witzel nega qualquer irregularidade e diz que a investigação tem motivação política por se opor ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governador também teve as contas de 2019 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, e o governo fluminense ainda enfrenta problemas para renovar o plano de recuperação fiscal com a União.
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