Um nome novo e que consiga agregar todos os valores e princípios deixados ao longo de uma trajetória de 66 anos de vida pública. Esse já é, de cara, o consenso que começa a ganhar corpo e forma entre familiares e amigos senador José Maranhão, falecido no último dia 08 deste mês, em virtude de complicações e sequelas da Covid-19. Uma espécie de ‘conclave’ familiar deve ser iniciado nos próximos dias.
Embora o núcleo mais íntimo, mantenha um silêncio sepulcral sobre o tema, até mesmo pelo luto que ainda vive pela perda do já saudoso ‘mestre de obras’, correligionários das mais diversas partes do estado enxergam na desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcante Maranhão e na primogênita do casal, a médica Alice Maranhão, os nomes ideais para levar adiante o legado do líder emedebista.
Nos bastidores, o nome a ser apontado já deve participar ativamente do processo de reconfiguração que deve passar o MDB, partido que era dirigido pelo ex-governador, e que hoje, a julgar pelas últimas movimentações, pode migrar para as mãos do senador Veneziano Vital do Rego, que voltou ao partido após sair do PSB, do ex-governador Ricardo Coutinho.
Personagens de proa da legenda ouvidas pelo Tá na Área entendem que o partido precisa ser reestruturado, contudo observam que o estatuto deveria ser seguido, pelo menos nesse primeiro momento. Neste sentido, ganha eco a tese de que o ex-governador Roberto Paulino, que era o primeiro vice-presidente, ascenda ao comando até o meio do ano, quando seriam convocadas eleições para renovação do diretório. “Entendemos que Veneziano até pode assumir o comando do partido, mas é preciso dar destaque ao nome que a família do senador Zé Maranhão vai escolher para sucedê-lo na política”, confidenciou um emedebista histórico ao diretor geral de conteúdo do Tá na Área, Ivandro Oliveira.
Por outro lado, o próprio senador Veneziano Vital do Rego, que retornou ao MDB, sabe que não ficaria bem na ‘foto’ tomar o comando do partido de forma abrupta, sem ouvir os filiados históricos, inclusive a família de Maranhão, e tampouco rasgando o estatuto da legenda. Não por acaso, o parlamentar tem sido cauteloso nos movimentos internos, tanto que aguarda, para os próximos dias, uma conversa com a desembargadora Fátima Bezerra.
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