A apreciação do Projeto de Lei Complementar (PLC) que altera o regime previdenciário no Estado e que, dentre outras coisas, eleva de 11% para 14% a contribuição dos servidores públicos com o regime foi mais uma vez adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Em meio a pressão de diversas categorias que marcaram presença por meio de suas lideranças sindicais e associativas, os deputados voltaram a se reunir, na manhã desta quarta-feira (11), mas o acirramento nas discussões prolongou o debate, que precisou ser encerrado para o início da sessão ordinária marcada para às 10 horas.
A deputada de oposição, Camila Toscano (PSDB), acusou o governo de tentar aprovar uma reforma em 48 horas e declarou acreditar que governador João Azevêdo (sem partido) estaria querendo ser mais ditador que o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).
“Lamento por ser obrigado a trazer um voto de uma Previdência em menos de 48 horas, lamento ter saído ontem às seis horas da noite e às oito de hoje tem que estar aqui. Lamento o mal que o governo tenta fazer ao servidor público e a quebra do nosso regimento. Só faço lamentar. Se achávamos que havia um governo ditador é porque não sabíamos o que estaria por vir”, disse a tucana em alusão aos oito anos de governo de Ricardo Coutinho.
O líder da situação, deputado Ricardo Barbosa (PSB), disse que não teme que a matéria não seja votada ainda este ano, como planeja o governo. “Há possibilidade, mas não temos temor nenhum. Estamos trabalhando para que passe na CCJ e seja votado em plenário”, afirmou.
Os representantes do Clube dos Oficiais da PM, coronel Francisco de Assis, presidente da Caixa Beneficente da PM, coronel Sobreira, e o presidente da Associação dos Inativos, coronel Maquir Cordeiro, que estão acompanhando a discussão na Assembleia Legislativa da Paraíba, declararam que “o servidor, o policial, o bombeiro, quer discutir uma pauta, que é interesse da sociedade”. “Como é que o Estado quer aprovar uma Reforma da Previdência em menos de 12 horas , empurrando goela a dentro do servidor. Isso é uma afronta, um desrespeito, isso causa indignação. Você assistir uma situação dessa numa reunião de uma Comissão como a CCJ , é de sair daqui irritado. Isso é uma vergonha”, comentou o coronel Francisco de Assis, presidente do Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar da Paraíba.
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