Herdeiro político de Eduardo Campos, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa “precisa se apresentar”. Para ele, o “o povo não vai eleger um presidente sem conhecer suas ideias”.
O partido de Câmara ainda aguarda Barbosa se definir. O ex-ministro do STF se filiou ao partido e pode vir a ser o candidato da legenda na disputa pela presidência.
No início de abril, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), cobrou mais diálogo da parte de Barbosa. “Se ele almeja ser candidato a algum cargo, creio que ele vai discutir com o partido, vai se expor. Só vi até agora a imprensa falar por ele”, disse ele ao Estadão/Broadcast.
Leia trechos da entrevista que o governador Paulo Câmara concedeu ao jornal O Estado de S. Paulo:
“O PSB saiu do seu congresso (em março) com três entendimentos para 2018: candidatura própria, alianças com partidos de centro-esquerda ou liberação nos Estados para apoiar candidaturas próprias. Dentro desse contexto apareceu a filiação do ex-ministro Joaquim Barbosa. Tive um encontro com ele antes da filiação e outro depois, fora a reunião do partido em Brasília. Ele está muito consciente das bandeiras das quais o PSB não abre mão. Há ansiedade em muitos setores do partido em resolver logo isso, mas há um movimento acertado de esperar um pouco mais. Existe um tempo político e eleitoral. Vamos definir isso nos próximos 60 dias. Pode haver alguns setores que acham que está muito silencioso.”
“Ser governador tem muito sofrimento e algumas alegrias. Mas a gente tem algumas alegrias realmente. A educação dá muita alegria, porque você vê meninos pobres que se dedicam, passam o dia nas nossas escolas de tempo integral, estudam, aí já estão ganhando o mundo nesse programa que manda para o exterior. Meninos que nunca viram o mar, que não conhecem o Recife, vão para o Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Espanha, e voltam sabendo que só depende deles. Eu estou motivando (esses jovens) a fazer universidade, principalmente os que não têm renda, eu dou uma bolsa, para quem é da escola pública, tem baixa renda e que passa na universidade pública, de dois anos para se manter até conseguir um estágio, arrumar emprego. E esses meninos estão passando em todas as universidades, estão vindo para São Paulo estudar Direito na USP, estão indo para a UnB estudar Relações Internacionais, indo para o Recife estudar na Federal. Educação a gente vê que transforma a vida. Em 2007, quando Eduardo assumiu, Pernambuco estava lá atrás, a pior educação do ensino fundamental, último lugar, 21º no ensino médio. Em 11 anos, se tiver foco, gestão, prioridade, se faz uma transformação como a gente está fazendo.”
Leia a entrevista completa aqui.
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