Nos Estados Unidos desde 30 de dezembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que planeja retornar ao Brasil em março para, segundo ele, liderar a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Journal publicada nesta terça-feria.
Ao veículo, Bolsonaro se definiu como “o líder nacional da direita” e avaliou que “não há mais ninguém no momento”. O ex-presidente também defendeu que “o movimento de direita não está morto e continuará vivo” e disse que, ao retornar ao Brasil, trabalhará com apoiadores no Congresso e nos governos estaduais para promover políticas conservadoras caras ao bolsonarismo e que apoiará nomes do campo nas eleições municipais do ano que vem.
Na entrevista, Bolsonaro apontou risco de ser preso ao retornar ao país: “uma ordem de prisão pode surgir do nada”. O ex-presidente citou como exemplo o caso de Michel Temer , que foi preso preventivamente no âmbito da Lava-Jato em 2019, após deixar a Presidência.
Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), além de duas ações penais nas quais é réu. Na semana passada, a ministra Cármen Lúcia, do STF, encaminhou para a primeira instância, a Justiça Federal do Distrito Federal, sete pedidos de investigação contra o ex-presidente, que perdeu a prerrogativa de foro.
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