A leitura que pode ser feita das últimas aferições e o comportamento das campanhas neste segundo turno já aponta para uma trajetória de crescimento do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) frente o ex-presidente Lula, do PT. Há 12 dias para a verdade das urnas, não é possível cravar uma virada, mas já é possível afirmar com todas letras, acentos e afins que a corrida presidencial reserva cenas de muita emoção em seus capítulos derradeiros neste segundo turno.
Os números divulgados pelo IPEC, ontem, embora mostrem apenas uma pequena variação de 1 ponto para baixo, no caso de Lula, e um ponto para cima, isso em relação a Bolsonaro, trazem outros ingredientes que sinalizam uma clara e gradual recuperação do atual mandatário do país, que consegiu melhorar a imagem do seu governo e a sua própria, inclusive com queda acentuada na rejeição.
Se em votos válidos, ou seja, sem contar brancos, nulos e indecisos, a diferença entre eles tenha caído para 9 pontos, o que chamou a atenção na aferição feita pelo instituto foram outros indicadores, a começar pela rejeição ao atual presidente. Dentre os entrevistados, 46% afirmaram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. O índice de Lula ficou em 41%.
Na pesquisa anterior, a rejeição ao presidente atingia 48% do eleitorado enquanto que aquela ao petista envolvia 42%. Vale lembrar que esse indicador de Bolsonaro já chegou a impressionantes 55%, ou seja, uma redução de quase 10 pontos percentuais, o que mostra o viés de alta do atual presidente. Por sua vez, a julgar pelos números do IPEC, o petista permanece estagnado, um índicio de que tenha chegado ao chamado ‘teto’.
Vale lembrar que o levantamento do IPEC demonstrou que os episódios em Aparecida e o caso das meninas venuzuelanas, bastante explorados pela campanha petista, não atingiram em nada Bolsonaro, que pode ter entrado na fase ‘massa de bolo’, quanto mais batem, mais cresce.
Diante desse cenário, é muito prudente acompanhar o desenrolar da campanha nesta reta final e as próximas pesquisas. A partir de agora, e isso vale para os dois lados na disputa, qualquer erro pode ser fatal.
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