O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), minimizou, nesta quinta-feira (14), a polêmica em torno da liberação da obra para instalação do Homer Center Ferreira, de Pernambuco, na Capital paraibana. Cartaxo também explicou o embargo inicial a obra e endureceu o discurso contra a tentativa do governador Ricardo Coutinho, segundo ele, de politizar a questão.
O prefeito chamou de “circo político” o encontro encabeçado pelo governador, que reuniu empresários do grupo Ferreira Costa, membros do Ministério Público Estadual (MPPB), da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa da Paraíba, para tratar do embargo da obra. O debate ocorreu no Palácio da Redação na manhã desta quinta-feira (14), e foi duramente criticado pelo gestor municipal.
“A intenção foi armar o circo político para um debate, agora qual o resultado prático desse encontro? Qual o incentivo fiscal que o governador deu para a empresa? Não dá para o governador, a política do mandão, do sabe tudo, passou. Aqui tem um gestor responsável, e o desejo dele de mandar na prefeitura ele não conseguiu. Em 2012, ele colocou um candidata secretária para mandar na prefeitura, e em 2016 também, e não teve sucesso”, alfinetou o prefeito.
Cartaxo ainda teceu críticas a atitude de Ricardo, e cobrou do gestor estadual atenção aos problemas da Paraíba, como segurança pública. Ele citou os recentes arrombamentos a caixas eletrônicos no Estado. “Ele mesmo disse que não pode resolver nada, que o problema é da Prefeitura. Então, para quê a reunião. Qual é resultado prático, a não ser o circo político armado”, ratificou.
“Eu no lugar dele estava reunido com o comando da Polícia, para resolver o problema de segurança pública, hoje foram dois arrombamentos a caixas na Paraíba. João Pessoa tem prefeito, que defende a cidade e o interesse público”, acrescentou.
Cartaxo lembrou que em cinco anos de gestão jamais foi chamado por Ricardo para fazer parcerias em prol do desenvolvimento dos pessoenses. Por fim, o prefeito justificou o embargo pela falta de um documento referente a uns dos terrenos comprados pelo Grupo Ferreira Costa na Capital, que seria uma autorização do Comando da Aeronáutica (Comaer) para a realização da obra em um dos terrenos. Luciano reiterou que assim que o documento for apresentado, a autorização será dada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).
“A empresa Ferreira Costa escolheu se instalar em João Pessoa pelo grau de competitividade, economia forte, apesar de crise e adversidade, onde se respeita a legislação, tem regras e dá garantias à empresa. O que ocorreu foi que a empresa resolveu comprar 3 terrenos, 2 em João Pessoa. Ela veio, nos procurou e disse que queria se instalar aqui. Qual o gestor nessa crise, de dizer que no quer 500 empregos? Mas tem que respeitar a legislação, tem que ter regras, leis. A PMJP respeita a lei, pode ser para o pequeno, pode ser para o grande”, sustentou.
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