Cida Ramos evita falar sobre impeachment de Dilma e manda recado para PT: “Não sou refém de partido”

A professora Cida Ramos, pré-candidata do PSB a prefeita de João Pessoa, rebateu lideranças do Partido dos Trabalhadores da Paraíba após questionamento sobre sua conduta em relação à presença da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no estado no próximo dia 15. A socialista tratou de deixar claro que não é “refém” de partido político e evitou opinar se continua a favor ou não do impeachment da petista.
Para Cida Ramos, o PT errou ao direcionar criticas contra ela por conta de sua ausência, já anunciada, em audiência pública que será promovida pela Assembleia Legislativa, que contará com a presença de Dilma Rousseff. Para ela, o PT deveria endereçar seus posicionamentos ao prefeito Luciano Cartaxo (PSD).
“A minha trajetória de luta como pessoa, como cidadã, foi em defesa da democracia. Não faz sentido essa cobrança do PT. Eles se equivocaram na hora e colocaram para mim. A cobrança deles é para outra pessoa, é para o prefeito Luciano Cartaxo , que foi eleito pelo PT, após 13 dias da visita de Dilma ao estado, ele rompeu com o partido, então, essa cobrança não me cabe, não sou refém de partido político nenhum”, disse.
Ela confirmou que se manifestou anteriormente contra a interrupção do mandato da presidente eleita, mas evitou se posicionar sobre o afastamento definitivo de Dilma do cargo.
“Minhas posições sempre foram claras. Eu era contra a saída de Dilma porque eu entendo que a democracia tem regras e devemos cumprir as regras democráticas. Eu manifestei minhas posições em vários locais. Não é defesa de pessoas, mas do estado democrático de direito, foi o que defendi. A pergunta não é se eu sou contra o impeachment, a pergunta é se eu continuo defendendo  a democracia porque ela tem valor universal no meu entendimento. Ou a gente obedece as regras ou não obedece”, declarou.
Cida Ramos havia dito que não iria participar de evento ao lado de Dilma, antes marcado para o dia 8, por conta de uma agenda previamente marcada no estado do Ceará e que, segundo ela, não poderia ser desmarcada. Tão logo a audiência foi remarcada para o dia 15, a socialista tratou de informar que seus compromissos no Ceará e no Pará serão cumpridos nos dias 14, 15 e 16 de junho.