Não convidem para sentar na mesma mesa os senadores paraibanos Deniella Ribeiro (PSD) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB). É que após propor trégua no evento de lançamento do PAC, ontem, em João Pessoa, a senadora voltou a questionar o comportamento do seu colega de Casa Legislativa, isso depois que o vice-presidente do Senado Federal ironizar, insinuando que ela usaria os corredores do Congresso Nacional unicamente “para desfilar”.
Em nota de repúdio, a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) rechaçou veementemente a ironia e a tratou como violência política de gênero.
Confira a nota:
A senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) vem a público rechaçar veementemente a violência política de gênero sofrida por ela no início desta semana, durante um programa de TV local, ocasião na qual o vice-presidente do Senado Federal, o senador Veneziano Vital do Rego, afirmou que a senadora usa os corredores do Senado como passarela para desfilar.
Daniella Ribeiro, atualmente, ocupa a presidência de uma das mais importantes comissões do Congresso Nacional, que é a Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Este ano, também foi escolhida como a Líder do Bancada Feminina e Líder da Maioria no Congresso Nacional. Foi eleita em 2018, assim como ele, senadora da República.
Luta pela defesa das mulheres
Entre suas bandeiras, está a luta pela defesa das mulheres em qualquer forma. Na entrevista, o senador afirmou ainda, em tom duvidoso, que Daniella tem “incontidos rasgos de outros sentimentos”, em uma clara tentativa de desqualificar o seu trabalho, a sua história e o espaço conquistado com muito trabalho pela Paraíba.
Diante do ocorrido, Daniella lamenta a violência política de gênero sofrida e afirma que essa atitude não a intimidará, mas reconhece que são atitudes como essas que dificultam a entrada das mulheres na política e em outras áreas majoritariamente masculina. Por fim, Daniella espera que, não apenas ela, mas que nenhuma outra mulher venha a sofrer tamanho violência.
Críticas devem se restringir à atuação política e à vida pública
Daniella reitera, também, que, críticas ao trabalho realizado por ela, à sua vida política, à sua trajetória na vida publica, podem e devem ser externadas – e isso é saudável na política e na democracia. O que não é aceito, e há lei para isso, são os ataques pessoais para tentar desqualificar o trabalho de uma mulher.
Lei da violência política de gênero
A Lei da violência política de gênero (Lei 14.192/2021) foi aprovada por unanimidade pelo Senado Federal. A lei estabelece regras para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher.
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