A negativa do presidente Michel Temer (PMDB) em receber o governador Ricardo Coutinho (PSB) em uma audência para tratar de recursos ao estado, em Brasília, provocou reações entre os aliados do gestor paraibano. Para o deputado Frei Anastácio (PT), a alegação de “falta de agenda” do Palácio do Planalto é resultado de uma articulação dos parlamentares que fazem oposição ao governo do estado.
Anastácio avalia que a resposta de Temer é uma retaliação à postura de Coutinho de ter se colocado contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “De fato, esse é um governo de retaliação. O governador tem razão ao não ter recebido o ministro que estava ao lado de Manoel Júnior, Rômulo Gouveia, Cássio Cunha Lima, todos golpistas”, disse o deputado sobre a ausência do governador na recepção ao ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), em João Pessoa, no início desta semana.
Falando em “hipocrisia” por parte de Temer, o parlamentar afirmou que a decisão teve o aval da bancada federal paraibana. “Por trás disso, estava bancada federal da Paraíba, pois os golpistas estão muito unidos. Com as exceções de Luiz Couto e Damião Feliciano, o resto não está ajudando a Paraíba. É uma vergonha essa bancada que se submete a tudo que o governo quer. Tirando os dois, pode jogar o resto no lixo, pois não têm credibilidade e são golpistas”.
Questionado sobre as possíveis dificuldades que Ricardo Coutinho ainda deve encontrar em seu governo, Frei avaliou que não apenas o socialista, mas todos os políticos contrários a Temer devem sofrer com retaliações do Planalto. “Não só Ricardo, mas todos os governadores terão dificuldades. Os estados e municípios, principalmente do Nordeste, estão falidos, e o governo federal não está nem aí, mas o nosso governador está conseguindo tocar as obras. Eu percebo isso nas minhas viagens pela Paraíba”.
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