Os deputados da bancada de oposição devem analisar nos próximos dias a gastança do Governo do Estado com a Granja Santana, residencia mantida pelo contribuinte paraibano e que abriga o governador Ricardo Coutinho (PSB). Nesta nesta terça-feira (5), o líder do bloco na Assembleia, deputado Bruno Cunha Lima (PSDB), anunciou que os parlamentares devem se debruçar sobre o levantamento feito pelo Jornal Correio da Paraíba junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que mostra gastos de aproximadamente R$ 1,3 milhão nos últimos meses.
Bruno Cunha Lima classificou como contrassenso o fato de o governador impor ao funcionalismo um arrocho salarial e cobrar elevados impostos, e ao mesmo tempo realizar gastos exorbitantes para a manutenção de sua residência oficial em João Pessoa. Ele disse que a bancada vai se reunir nos próximos dias para discutir quais medidas deve adotar em relação ao assunto. “Vamos nos reunir e estudar de forma conjunta quais medidas poderemos ter sobre essa questão”, afirmou.
Para o parlamentar, o espaço que hoje é ocupado pelo residência do governador deveria abrigar, por exemplo, um Centro Especializado para o tratamento da pessoa com deficiente. “Teríamos um equipamento que traria um retorno considerável, atendendo a todos sem distinção, já que no nosso estado não dispomos de um centro como esse”, arrematou.
Outro parlamentar a criticar a gastança na Granja Santana foi Raniery Paulino (MDB), para quem o que vem acontecendo na granja mostra a necessidade de se rever o custo da máquina pública, como um todo.
Raniery defendeu uma mudança de postura dos gestores para otimizar os serviços e reduzir o custo da máquina pública. Ele lembrou que a população paraibana paga uma das mais altas cargas de impostos, e não pode ser penalizada, por exemplo, com o fechamento de 200 escolas, enquanto existem gastos desnecessários na granja do governador. “É preciso fazer o mais com o menos. Atualmente vivemos um novo momento, temos que trabalhar para haja essa mudança de comportamento de todos os agentes públicos, a exemplo do Governo do Estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público e própria Assembleia”, observou.
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