Na solenidade de abertura do ano letivo na rede pública estadual e que ficou marcada pelo endosso do governador João Azevedo (Cidadania) às declarações do deputado federal Damião Feliciano, marido da vice-governadora Lígia Feliciano, ambos do PDT, de que um golpe estaria em curso na Assembleia Legislativa por meio do pedido de impeachment proposto pela oposição, também chamou muito a atenção dos presente a total ausência dos deputados estaduais no evento. O próprio governador João Azevedo demonstrou o ‘isolamento’ político ao tentar fazer uma selfie, tendo apenas um representante de sua base parlamentar na Assembleia Legialstiva, o deputado licenciado João Gonçalves, seu auxiliar.
O registro fotográfico apenas ilustra aquilo que começa a ganhar forma e corpo nos bastidores da política. O governador João Azevedo vem dando sucessivas demonstrações de inabilidade política, seja pela letargia na adoção de medidas voltadas a preservar o próprio governo, a exemplo de uma reforma administrativa que só foi possível em virtude da Operação Calvário e que ‘depurou’ boa parte de seu quadro de auxiliares, o contencioso com o funcionalismo público estadual, que já não aguenta mais ficar sentado e em berço esplêndido esperando a benevolência de algum gesto concreto e real na direção de seios anseios reais, bem como a clara e inequívoca falta de sintonia com a sua base de sustentação política.
A ausência dos parlamentares governistas é mais um recado da insatisfação da base, que não está digerindo bem uma suposta operação de risco e que tem o objetivo de jogar a opinião pública contra a Assembleia Legislativa.
No comando da engenhosa trama, ninguém mais, ninguém menos que o secretário de Comunicação Institucional, Nonato Bandeira, especialista no submundo da política, afeito a articulações subrreptícias e estrategista em táticas pouco ou nada republicanas contra adversários e desafetos. Segundo informações de bastidores, o plano não apenas foi traçado nos porões do poder como já está em curso, com direito a pauta única aos veículos da mídia paraibana.
Na alça de mira, a Assembleia Legislativa presidida por Adriano Galdino passa a ser o alvo da artilharia que está prestes a entrar no campo de batalha com a missão de não deixar pedra sobre pedra.
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