O padre Egídio de Carvalho e a ex-diretora administrativa do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas, tiveram suas prisões mantidas por decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
O recurso impetrado pela defesa contra decisão que havia determinado as prisões preventivas foi rejeitado na tarde de hoje (4). Eles estão presos desde o mês passado, quando o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB) desencadeou a segunda fase da operação “Indignus”.
“Não há nos autos prova alguma de ser o recorrente a única pessoa da família capaz de prestar os indispensáveis cuidados da mãe e da irmã”, escreveu o desembargador Ricardo Vital ao negar os embargos de declaração da defesa de Egídio, que também teve a prisão mantida pelo ministro do STJ, Teodoro Silva.
Os advogados do padre vêm alegando problemas de saúde e que o religioso seria responsável por cuidar de familiares idosos.
“Na verdade, os embargantes pretendem modificar o conteúdo da decisão embargada para adequá-lo aos seus entendimentos, por meio de rediscussão da matéria, o que se mostra inviável, conforme entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça”, pontua Ricardo Vital.
Egídio de Carvalho Neto está preso em uma cela no Valentina Figueiredo e Jannyne na Penitenciária Júlia Maranhão, em Mangabeira. Ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte cumpre prisão domiciliar.
O esquema de desvios nas contas do Padre Zé, em João Pessoa, gira em torno de de R$ 140 milhões, segundo as investigações do Gaeco.
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