Com restrições ao uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira para viajar pelo país, a presidente Dilma Rousseff decidiu nesta quarta-feira (8) que fretará um jato para viajar nesta quinta (9) para Campinas (SP), onde terá um encontro com cientistas. A informação foi divulgada pela assessoria de Dilma.
Ainda de acordo com a assessoria da presidente, os custos do avião fretado serão pagos pelo PT.
Na última sexta-feira (3), a Casa Civil informou que restringiria ao trecho Brasília-Porto Alegre-Brasília os deslocamentos da presidente afastada Dilma Rousseff com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Dilma tem família na capital gaúcha. A decisão contrariou a presidente afastada, que pretende cumprir uma agenda pelo país para criticar o que ela considera um “golpe” que a tirou do poder.
Nesta terça (7), o ex-ministro José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma, protocolou no Palácio do Planalto documento no qual afirmou que, ao restringir os deslocamentos da petista com aviões da FAB, o governo do presidente em exercício Michel Temer passaria a ter “responsabilidade exclusiva e pessoal” por “quaisquer situações que violem a segurança pessoal” da petista.
No documento, Cardozo também afirmou que, independentemente do “equívoco jurídico” que motivou a decisão do governo de restringir os voos de Dilma, esse “equívoco”, segundo ele, não tem o poder de impedir que a petista viaje pelo país. Cardozo afirmou, então, que a petista passaria a fazer as viagens por avião de carreira e “por meio terrestre”.
Segundo a assessoria da presidente afastada, embora a decisão comunicada por Cardozo ao Planalto fosse a de que Dilma viajaria de avião de carreira, chegou-se à conclusão de que não haveria logística suficiente para a circulação dela no aeroporto e não seria possível adquirir as passagens para a equipe acompanhá-la.
Segundo apurou o G1, o staff de Dilma queria comprar todas as poltronas em volta dela na aeronave para evitar que pessoas contrárias pudessem hostilizá-la, mas a ideia não foi adiante.
G1
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