O governo de João Azevêdo foi literalmente para as cordas. A deflagração da sétima fase da Operação Calvário, denominada ‘Juízo Final’, levou o que seria a terceira administração socialista na Paraíba para o ‘olho do furacão’ das investigações que apontam que o dinheiro desviado da educação, saúde e demais áreas abasteceu a campanha do atual governador, alvo, inclusive, de mandados de busca e apreensão em endereços oficiais.
Palácio da Redenção e Granja Santana, residência oficial do governador do Estado, são também alvos da nova fase da operação. os desdobramentos ainda são incertos, mas, a julgar pelo que está posto e desnudado, a situação do governador é cada vez mais complicada, já que seu governo, além de ter sido ‘reformado’ em fases anteriores da operação, agora está sendo sitiado pelos investigadores que não acreditam no racha dele com o ex-governador Ricardo Coutinho.
Ao todo, 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná.
O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) é um dos principais alvos de mandado de prisão preventiva. Também foram determinadas as prisões da deputada estadual Estela Bezerra (PSB); da prefeita de Conde, Márcia Lucena (PSB); da ex-secretária de saúde do Estado, Cláudia Veras; assim como o ex-procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro.
Também são alvos dos mandados de prisão preventiva Coriolano Coutinho, Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira Caldas, José Arthur Viana Teixeira, Breno Dornelles Pahim Neto, Francisco das Chagas Ferreira, Denise Krummenauer Pahim, David Clemente Monteiro Correia, Márcio Nogueira Vignoli, Valdemar Ábila, Vladimir dos Santos Neiva e Hilário Ananias Queiroz Nogueira.
“A medida cautelar ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba colaciona um extenso material probatório, todo ele apontando o investigado Ricardo Vieira Coutinho como principal líder da Organização Criminosa e responsável direto, tanto pela tomada de decisões dentro do organismos delituoso, quanto aos métodos de arrecadação de propina, sua divisão e aplicação. Segundo as investigações, ele é o chefe do agrupamento que teria se estabelecido no Estado Paraibano”, diz trecho do despacho assinado pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida.
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