O Ministério do futuro governo de Jair Bolsonaro tem a maior parcela de membros com origem nas Forças Armadasdesde a redemocratização. À frente de sete pastas, os oficiais da reserva já ocupam 35% do primeiro escalão — até agora com 20 nomes anunciados.
O GLOBO compilou, com base em informações do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC-FGV) e de seu acervo, a composição inicial dos ministérios de todos os presidentes desde 1964.
Entre os ministros do governo Bolsonaro, fizeram carreira no Exército os generais Augusto Heleno (GSI), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), assim como Wagner Rosário (CGU), que é capitão da reserva, e Tarcísio Freitas, engenheiro na corporação por 16 anos. O representante da Marinha no governo é o almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior (Minas e Energia), enquanto o tenente-coronel Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) é oriundo da Aeronáutica.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro chegou a declarar que metade dos ministérios seriam ocupados por militares. Gustavo Bebianno, futuro titular Secretaria-Geral da Presidência, afirmou ao GLOBO em outubro que a equipe do presidente eleito teria “quatro ou cinco militares”.
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