A ex-auxiliar do ex-Procurador Geral do Estado, Gilberto Carneiro, Maria Laura Carneiro, após mais de 90 dias presa e “jogada às traças”, como chegou a comentar com pessoas próximas, já está em casa e usufruindo dos benefícios de sua colaboração com a justiça no âmbito da Operação Calvário, que investiga um esquema criminoso que teria drenado recursos público da área da saúde para a corrupção por meio de contratos fraudulentos entre Governo do Estado e Organizações Sociais, vide a Cruz Vermelha gaúcha, que até dias desses gerenciava o Hospital de Emergência e Trauma, na Capital. Laura teria entregue detalhes do funcionamento da organização criminosa, indicando personagens ilustres da política e da administração, inclusive o suposto chefe da Organização Criminosa (Orcrim).
Com a decisão do magistrado, Laura passa a cumprir medidas cautelares, como não deixar João Pessoa, nem comparecer a repartições públicas. A decisão foi proferida pelo juiz substituto Adilson Fabrício Gomes Filho. O magistrado também decidiu pela quebra do sigilo do processo.
De acordo com o magistrado, a decisão judicial considerou que Laura “apresentou outras evidências por meios dos termos de colaboração premiada, não existindo risco de novas ocultações”, considerando ainda que “não se mostra adequada a manutenção da prisão uma vez ausente ameaça a instrução criminal”, diz o texto da decisão.
Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, ex-assessora da Procuradoria-Geral do Estado, foi presa em abril, ainda na quarta fase da Operação Calvário. Ela responde por crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
O magistrado também acatou de denúncia do Gaeco contra o ex-procurador Gilberto Carneiro, pelos mesmos crimes. Gilberto, conforme as investigações, teria dado cobertura a Laura, para que, mesmo nomeada na Procuradoria-Geral do Estado, estava liberada de dar expediente, para se dedicar a atividades criminosas, que consistiam em receber e entregar propinas as terceiros.
Confira o documento:
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