O jornalista Ivandro Oliveira, diretor de Conteúdo do Tá na Área, comenta a presença dos paraibanos Julian Lemos, deputado federal eleito pelo PSL, e o procurador da Fazenda Nacional, Sérgio Augusto de Queiroz, na equipe de transição do futuro governo de Jair Messias Bolsonaro (PSL). As nomeações foram publicadas na edição desta segunda-feira (05), do Diário Oficial da União (DOU).
Confira o artigo:
Farol da Paraíba na construção de um novo Brasil
por Ivandro Oliveira
A foto que ilustra esse singelo escrito não tem qualquer relação com a desafiadora missão que o Procurador da Fazenda Nacional, Sérgio Augusto de Queiroz, cumprirá em Brasília, por ocasião de sua presença como membro da comissão de transição do presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro (PSL), o que foi tornado oficial na edição desta segunda-feira (28), do Diário Oficial da União (DOU), embora simbolize, pela trajetória até aqui vivida, muito do que representa um dos mais influentes paraibanos da contemporaneidade e um dos meus referenciais de vida.
Diante do ofício de escrever sobre quem tanto admiro, começo confessando ter dificuldade em dissociar o Procurador da Fazenda do líder espiritual, especialmente quando discurso e prática caminham umbilicalmente juntos e sob o mesmo julgo. A Paraíba, que tantos talentos emprestou ao Brasil e o mundo, também será protagonista nessa fase preambular de governo com a cessão do Dr. Sérgio Queiroz, cuja trajetória profissional registra nada mais, nada menos que 25 anos de dedicação exemplar ao serviço público federal.
Além dele, Julian Lemos, deputado federal eleito e vice-presidente nacional do PSL, é outro paraibano a integrar uma equipe que terá o desafio de levantar informações e traçar estratégias voltadas a inauguração do novo governo. Sem qualquer demérito aos demais, contudo, com a permissão dos leitores, gostaria de deter-me a presença de alguém diferente nas atitudes e que faz valer o faça o que faço e não o faço o que digo.
A presença do procurador da Fazenda Nacional em João Pessoa, Sérgio Augusto de Queiroz, mesmo que seja apenas para uma fase de transição, embora ache pouco provável, dada a sua irrepreensível capacidade e dedicação profissional, elogiada pela unanimidade dos pares de ofício, é o atestado mais eloquente de que teremos muito a comemorar a partir de 2019. Depois do alvissareiro anuncio do juiz Moro no Ministério da Justiça, a presença do Dr. Sérgio Queiroz, nem que seja na passagem de um novo governo, era a ‘boa nova’ que faltava para devolver ânimo aos corações desesperançosos.
Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas idéias e a nobreza dos seus ideais. A frase atribuída a Chaplin é a expressão maior da vida e da obra até aqui construída por esse ilustre paraibano, filho de Milton e Sheyla Queiroz, esposo de Samara, pai de Serginho, Esther e Débora, mas, sobretudo e acima de tudo, exemplo de vida e com um legado inestimável para muitos daqui e de acolá.
E o que move alguém com uma trajetória tão admirada e festejada a aceitar um desafio dessa envergadura? Senso de missão. É isso que certamente o move, que o faz acordar todo dia disposto, focado, determinado. Sempre foi assim e continuará a sê-lo, porque, em meio a esperança de muitos, incerteza de tantos e até torcida contra de outros, a verdade é que o país começa a ser desenhado pelas mãos de homens da envergadura de Sérgio Queiroz, cuja história é o seu maior cartão de visitas.
Sou de uma geração que sempre escutou, sobretudo dos mais velhos, que o país nunca terá jeito, que nada será modificado ou alterado, porque sempre foi assim e continuará sendo até o fim. Rebelde, nunca curvei-me a tal condição. Acreditar que nosso país se resume a corrupção sistêmica, crise econômica e instabilidade política é o mesmo que matar a esperança e arrastar de uma vez só os sonhos dos outros.
Em meio as trevas, eis que surge a luz depois de mais um pleito em que brasileiros, como eu e você, foram às urnas decidir pelo futuro dessa e das novas gerações. O sonho por um Brasil unido, próspero e justo, baseado em um projeto generoso de nação, não pode ser interditado pela velha retórica. É chegado o momento de andar para frente, estabelecer um governo com atitudes e ações que verdadeiramente modifiquem a vida dos brasileiros e brasileiras, pondo um fim em retrógradas e carcomidas práticas que insistem em equilibrar-se no poder, com base apenas na velha e reducionista equação de “preservar as forças sociais sob controle, nutrir bom relacionamento com os militares e ser generoso com as elites econômicas”, como bem descreveu Marcos Costa, em livro de título apropriado para o vexame político que estamos vivendo, ‘A história do Brasil para quem tem pressa’.
O Brasil tem jeito sim. E a transformação já está acontecendo e da forma que menos se espera. No último domingo, ainda tomado pela emoção, após os esclarecimentos que tanto fez questão de prestar aos seus inúmeros ‘filhos espirituais’, fiz questão de cumprimentá-lo, desejando toda a sorte do mundo. Dele ouvi um pedido para que orasse por sua vida durante esse período, o que continuarei a fazê-lo agora ainda mais intenso.
Não tem como dar errado um governo que começa assim, escolhendo pessoas não pela indicação de partido A ou B, mas por sua capacidade técnica e profissional, aliada a trajetória de vida reta, como a do Dr. Sérgio Queiroz, com quem a Paraíba tem aprendido, como certa vez registrou Lya Luft, que “a gente precisa continuar acreditando: que vale a pena ser honesto. Que vale a pena estudar. Que vale a pena trabalhar. Que é preciso construir: a vida, o futuro, o caráter, a família, as amizades e os amores”.
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