A famosa “janela partidária” tem inicio nesta quarta-feira (07) e os candidatos e partidos começam a movimentação a se movimentar visando um melhor posicionamento nas eleições deste ano. A janela partidária, período de 30 dias em que deputados são livres para trocar de legenda sem o risco de punição, vai até 7 de abril e os candidatos poderão mudar de partido sem o risco de perderem os atuais mandatos eletivos que se finalizarem neste ano.
Na Paraíba, mudanças já estão em curso e muitas surpresas devem surgir nos próximos dias, com destaque para o MDB, partido comandado pelo senador José Maranhão, que postula voltar a comandar o Governo do Estado pela quarta vez, apesar do risco de debandada dos atuais deputados federais. Nos bastidores, apesar da promessa de um milionário fundo partidário, comenta-se que podem deixar a legenda os deputados federais Veneziano Vital do Rego e Hugo Mota, o deputado estadual Nabor Wanderley e vice-prefeito da Capital Manoel Júnior.
Nesse intervalo de trinta dias, siglas tentarão atrair o máximo de deputados de outros partidos, causando um verdadeiro mercado no Congresso Nacional, sobretudo. Quanto maior a bancada na Câmara, mais recursos o partido recebe do Fundo Eleitoral, aprovado no ano passado. Pelas regras, 48% do valor serão divididos proporcionalmente ao número de assentos na Câmara. O valor previsto para 2018 é de R$ 1,7 bilhão.
A “janela” está assegurada na lei federal n. 9.096/95. Além do Fundo Eleitoral, mais R$ 888 milhões do Fundo Partidário poderão ser distribuídos aos candidatos. O principal atrativo utilizado pelas legendas será justamente o dinheiro público que bancará as campanhas.
Algumas siglas, como o PP, oferecem até R$ 2,5 milhões, valor máximo permitido para gastos com a campanha à Câmara. Já o MDB deve reservar R$ 1,5 milhão. Partidos mais modestos, como o Psol, devem oferecer menos de R$ 300 mil.
O portal Poder360 consultou as 10 maiores bancadas na Câmara para ouvir as previsões sobre quantos deputados devem entrar e sair, além da meta que pretendem atingir ao fim da janela.
Entre os mais otimistas estão o DEM (previsão de chegada de 10) e o próprio PP (previsão de chegada de 7 e saída de 1). O mais pessimista é o PSDB. O partido admite que deve perder nomes, com possibilidade de fechar a janela com uma bancada menor do que a atual. Legendas como MDB, PT e PDT consideram que não terão perdas ou ganhos significativos.
Fora do grupo dos maiores, o nanico PSL, de 3 deputados, acredita ser possível encerrar o período de troca-troca com 40 deputados. O motivo seria a filiação de Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato à Presidência.
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