O governador paraibano João Azevêdo (Cidadania) declarou nesta quarta-feira (10), em entrevista à CNN Brasil, que a operação apelidada de ‘Covidão’ e que investiga possível fraude na compra de respiradores que ajudariam no combate à Covid-19, no estado do Pará, não pode servir para guerra política contra quem eventualmente faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Na companhia de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais. Azevêdo disse que transparência é essencial, e que a investigação precisa seguir sem a existência de “motivos políticos ou espetacularização em meio à pandemia”.
Ele criticou a falta de coordenação geral, por parte do governo federal, na compra de respiradores nos estados. “A transparência é fundamental, e qualquer processo de compra pública tem que ser limpo, para que possamos avaliar e a população acompanhar. Nós temos que compreender que, no momento em que explodiu a pandemia no Brasil, faltou, por parte do governo federal, uma coordenação geral que pudesse auxiliar os estados na compra de equipamentos”, afirmou.
Para João Azevêdo, “evidente que, se houve algum problema, isso tem que ser apurado e sem nenhuma conatação política, para que haja esclarecimento. Se houve desvio, que ele seja punido. Entretanto, não podemos fazer espetacularização neste momento de pandemia”, completou.
Na mesma linha, Romeu Zema disse que “vejo com muita preocupação e até tensão esse tipo de ação. Se há suspeita, há, sim, necessidade de averiguar. Mas me parece que, às vezes nesta questão, pode estar entrando algum jogo político, o que é muito perigoso. Estamos em um momento que precisa de união, solidariedade, ação e temos pessoas morrendo”.
“Se quem fez isso por algum motivo político, sem estar tendo embasamento, deveria haver, sim, uma punição para quem age dessa forma. Ainda não tive acesso à operação, mas não podemos estar vivendo esta ‘pirotecnia’ em momentos de crise.”, explicou Zema.
A entrevista com os dois governadores pode ser conferida aqui.
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