O governador João Azevêdo entregou, nesta quinta-feira (4), o Museu da Cidade de João Pessoa (MCJP), localizado na Praça da Independência. O espaço onde residiu o então presidente da Paraíba, João Pessoa, recebeu investimentos de R$ 1,3 milhão em obras de restauração. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual também assinou o decreto de criação do Museu da História da Paraíba, no Palácio da Redenção, onde atualmente funciona a sede do Governo do Estado.
O museu contará a história da cidade por meio de exposições fotográficas, livros, vídeos, lembranças de personagens públicos e anônimos, figuras pitorescas, artistas, experiências sensoriais e, também, a clássica visitação a peças. O local estará aberto ao público, de terça-feira a domingo, das 9h às 17h, e a entrada será gratuita.
A solenidade de inauguração foi marcada pela exposição da história do então presidente paraibano João Pessoa, na sala onde estão móveis pertencentes à família do político, incluindo o bureau de trabalho dele e a mesa onde foi morto no Café Glória, em Recife.
Também foram disponibilizadas exposições de pinturas com obras de Amelinha Theorga e Emílio Pinto e de 100 imagens do fotógrafo Antonio David. Ainda foram realizadas apresentações da banda da Polícia Militar e do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima).
Na ocasião, o chefe do Executivo estadual ressaltou que o museu representa um marco para a história de João Pessoa. “Não era admissível que uma Capital com 436 anos não tivesse um espaço para contar suas conquistas e lutas e hoje tivemos a oportunidade de entregar ao estado e à cidade um ambiente que também terá inovações e um prédio totalmente restaurado, como fizemos com o Museu do Artesanato Paraibano”, frisou.
Ele também destacou a criação do Museu da História da Paraíba. “O Palácio da Redenção tem um grande acervo e deve estar aberto para que a população conheça a história do nosso estado. Nós já estamos trabalhando no projeto e queremos ter mais um museu para ser aberto no próximo ano”, acrescentou.
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, destacou a importância do equipamento de cultura para a preservação da história e para o desenvolvimento turístico da cidade. “Essa ação representa o cuidar do nosso estado e vamos caminhar em favor da preservação do nosso Centro Histórico e das nossas memórias para que elas sejam contadas não só a essa geração, mas a gerações futuras porque sem passado não teremos futuro. Além disso, esse também é um espaço de aprendizado para que se compreenda as nossas origens e os fatos que nos fizeram chegar até aqui”, completou.
O secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos, evidenciou o trabalho da gestão estadual para assegurar à Capital paraibana um ambiente de valorização cultural e de preservação da história. “O governador João Azevêdo determinou a recuperação em tempo recorde da casa onde morou o então presidente João Pessoa, a figura central desse espaço, e esse é um dos fatos mais inéditos e belíssimos entregues à cidade porque museu é fazer história, escola e, sobretudo, memória”, comentou.
O coordenador do Museu, Diógenes Chaves, destacou o simbolismo da data da entrega do museu. “4 de novembro é considerada uma das datas de nascimento da cidade e hoje tomamos uma atitude simbólica para a cultura brasileira. Nós convidamos a população a vir nos visitar, se reencontrar e se ver no museu. Nós teremos uma programação com dinamismo de exposições e quem passar por aqui vai sair melhor do que entrou porque vai entender mais sobre a cultura da sociedade”, falou.
“O Museu permitirá que os nossos estudantes conheçam a nossa cidade e a nossa história, representando uma oportunidade de conhecimento”, celebrou o deputado estadual Wilson Filho.
Sobrinho-neto do então presidente da Paraíba, Abelardo Jurema agradeceu a homenagem a João Pessoa. “A família recebe com profunda alegria, não somente pela justiça que se faz à história de João Pessoa, que precisava de um local onde estivesse os objetos marcantes da sua passagem pelo Governo da Paraíba, e a implantação do museu é uma conquista grandiosa para a população da cidade que tem 436 anos de história que estava perdida em pequenos acervos e esse espaço dará mais orgulho e responsabilidade aos paraibanos”, sustentou.
O Museu – O MCJP seguirá novos padrões de coleta, preservação e divulgação da história da Capital paraibana. O padrão estático de um museu, que mostra sempre as mesmas peças e obras, dará lugar a uma estrutura interativa e com acervo sempre renovável.
Na parte externa, um jardim tem 900 roseiras que segue os padrões dos jardins da época em que o antigo sobrado foi construído.
O espaço também contará com uma sala, onde, numa mesa com tela de 72 polegadas sensível ao toque (toutch screen), serão projetados mapas antigos mostrando a evolução de João Pessoa ao longo do tempo.
Uma sala sensorial permitirá fazer projeções no teto para que o visitante observe o céu da Capital em diversas datas, mesmo em épocas passadas. A tecnologia se baseia em algo parecido com as informações das tábuas de maré – a observação do céu, posicionamento de estrelas e planetas é comum hoje, e essas imagens estão registradas e podem ser projetadas.
Também será oferecido um serviço de pet, para aquelas pessoas que tragam seus animais e queiram, inclusive, visitar a Praça da Independência, um espaço ligado ao Museu por causa da história e da arquitetura que se complementam.
Souvenirs do Museu da Cidade de João Pessoa serão produzidos e colocados à venda no Museu do Artesanato – Casa do Artista, que funciona ao lado e atuará em conjunto.
Jovens do Projeto Primeira Chance, do Governo do Estado, estão sendo treinados para atuarem como guias.
Yasmin Lima comemorou a oportunidade de ter sua primeira experiência profissional no museu. “É importante que a gente conheça a nossa história e esse espaço também ficará marcado porque representa um grande aprendizado que vai servir para a minha vida inteira. Nós passamos por uma qualificação para recebermos as pessoas que irão nos visitar e como João Pessoa é uma cidade antiga é preciso ter esse equipamento”, disse.
O poeta e escritor Irani Medeiros elogiou a abertura do espaço. “Eu acho muito importante para a cultura da cidade porque estávamos carentes de um museu com essa proposta e dimensão, inclusive para trazer os alunos das escolas públicas para a visitação porque a gente precisa aprender a nossa história e legar isso a gerações futuras, no caso nossos filhos e netos”, falou.
A primeira-dama Ana Maria Lins; o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino; deputados estaduais; prefeitos; vice-prefeitos; vereadores; e auxiliares da gestão estadual prestigiaram a solenidade.
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