O governador João Azevedo, que resolveu puxar o freio de mão para barrar a onda crescente de articulações políticas para que suplentes possam assumir a titularidade do mandato na Assembleia Legislativa, pode surpreender com pelo menos um anúncio para sua equipe de governo. Hervásio Bezerra pode pintar na Saúde Estadual em substituição de Cláudia Veras, atual titular da pasta e umbilicalmente ligada a deputada Estela Bezerra, também do PSB.
Nos bastidores, o governador João Azevedo tem sido aconselhado pelo grupo de auxiliares mais próximos a ele que ao nome de Hervásio poderia oxigenar a pasta e dar um novo direcionamento, a começar pelo fim do modelo de pactuação com as chamadas Organizações Sociais, o que, pelo menos em tese, tiraria o governo do olho do furacão das investigações da Operação Calvário, que investiga um suposto esquema de corrupção a partir de contratos entre a administração estadual e a Cruz Vermelha, filial do Rio Grande do Sul.
Por outro lado, Hervásio voltaria a ocupar uma pasta bem familiar, já que o parlamentar foi Secretário de Saúde durante a segunda gestão de Cícero Lucena na Prefeitura de João Pessoa, entre os anos de 2001 a 2004.
Ontem, durante entrega de unidades habitacionais em Santa Rita, Azevedo deixou claro que essa questão de deputados participarem como secretários é um fato normal, entretanto, disse que ainda não está definido esse movimento. “Nós estamos conversando, discutindo com cada parlamentar porque tem que haver primeiro a disponibilidade de ambas as parte para que a gente chegue a um denominador comum. Ainda não tem nada definido e assim que estiver. nós anunciaremos”, explicou.
Com relação as articulações do PT para encaixar o suplente de deputado Anísio Maia, Azevedo disse que é importante entender essa questão até porque existem para cada coligação suplentes. Segundo ele, Anísio pode colaborar e muito, mas não se define isso de uma forma rápido como estão querendo.
“Se você imaginar que vai resolver o problema de todos os suplentes, teríamos que tirar metade dos titulares com assento na Assembleia para os suplentes entrarem. Não é assim que funciona. Nós estamos discutindo e analisando a possibilidades de fazer os convites para que os deputados possam participar do governo”, destacou.
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