O vereador João Sufoco (UB) vai retomar o seu mandato parlamentar por decisão da Justiça, isso após ter sido cassado num processo, no mínimo, controverso movido pela Câmara Municipa, controlada pelo prefeito Marcero Rodrigues (MDB). A decisão foi proferida pela juíza Daniere Ferreira de Souza, destacando a garantia do contraditório e ampla defesa, fundamentais em processos judiciais ou administrativos.
Na decisão, a juíza argumentou que a prolongada manutenção do ato ilegal comprometia a ordem pública. A magistrada também mandou notificar o Ministério Público sobre o ato controverso da Câmara Municipal de Alhandra.
“Querem me calar, me fazer recuar das graves denúncias que faço na tribuna e que levei ao conhecimento do Ministério Público e da Polícia, essa gestão foi alvo de operações devido a denúncias fundamentadas. A Justiça reconheceu a ilegitimidade da minha cassação sem direito a defesa. Vou continuar fazendo o meu trabalho, fiscalizar os erros dessa gestão e denunciar”, disse, aliviado, João Sufoco.
A cassação do vereador ocorreu em 8 de fevereiro, numa decisão controversa pela Câmara Municipal de Alhandra, presidida por Irmão Beto. A ausência de João Sufoco na sessão decisiva e a falta de oportunidade para apresentar sua defesa levantaram sérias questões sobre transparência e respeito ao processo legal.
Representando o partido União Brasil, João Sufoco foi alvo de alegações infundadas por parte dos colegas de parlamento que são da base do prefeito, enquanto o parlamentar da oposição vem fazendo graves denúncias contra a gestão do prefeito Marcelo Rodrigues.
O advogado Lucas Mendes, responsável pela defesa do parlamentar, esclareceu que a ausência do vereador na sessão que culminou com a cassação, se deu por motivos de saúde, comprovados por atestado médico enviado à Câmara com antecedência. A falta de fornecimento de documentos para embasar sua defesa também foi destacada, configurando uma violação ao devido processo legal.
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