A terceira passagem de Luiz Inácio Lula da Silva pelo Palácio do Planalto tem tudo e mais um pouco para ser um verdadeiro desastre, caso persista no intento de continuar governando com os olhos e a cabeça voltados para o passado. Com quase 40 dias à frente do país, o petista precisa urgentemente mudar o disco e trocar a vitrola, porque, do contrário, não vai ver nem a banda passar.
As recentes declarações e a postura até aqui adotada pelo mandatário do país e seus digníssimos auxiliares apontam para um governo que ainda não disse para que veio e, pior, com cara e jeito de museu de grandes novidades.
Lula precisa entender que o mesmo país que o elegeu – embora com maioria mínima -, impôs um conjunto de ressalvas que poderão ser cobradas com juros e correção monetária, caso governo permaneça mais preocupado em fazer ‘rinha de galo” com antecessor que governando para os quase 220 milhões de brasileiros.
É preciso sair do palanque, deixar de lado as bravatas, sepultar os demônios criados pelo próprio lulopetismo desde o impeachment de Dilma Rousseff, compreender que o momento político é outro, que o discurso nós contra eles não cabe mais no contexto nacional, e encarnar verdadeiramente no papel de governante de uma nação com muitos problemas e desafios pela frente.
Neste sentido, essa queda de braço com o mercado ou mesmo o tom bélico em relação ao Banco Central, suas decisões e até o questionamento da autonomia, conquista recente do país e algo que existe nas principais economias do planeta, não fazem bem ao governo e tampouco ao Brasil.
E para não dizer que não falei das flores, o lado bom de tudo isso é que o governo tem tempo e ainda conta com o bom humor da sociedade, por isso é hora de mudar, não apenas o repertório, mas, também, o próprio enredo.
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