
A candidata da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, que participou nesta terça-feira (11) de sabatina organizada pelo GLOBO, Valor Econômico e revista Época, justificou sua queda nas pesquisas e seu baixo desempenho entre o eleitorado feminino por conta do pouco tempo de TV (21s) que possui. Ao responder questão sobre a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina foi taxativa e disse considerá-lo ‘corrupto’.
Sobre o ataque a Jair Bolsonaro (PSL), a ex-senadora vê falha na política de segurança do candidato que lidera as pesquisas. “A proposta do Bolsonaro não foi desmoralizada por um discurso, mas por um ato”.
Marina comentou as denúncias de corrupção envolvendo o PT e o ex-presidente Lula. “Ele está sendo punido por graves crimes de corrupção. Sim (eu considero que ele é corrupto)”, disse a candidata, que foi ministra do Meio Ambiente no primeiro mandato do petista, acrescentando que não gosta de ficar tripudiando sobre quem já foi punido.
Ela diz que não se arrepende de ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Sobre o ataque sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora, Marina afirmou que a agressão “desmoralizou a visão de segurança” do capitão da reserva, que defende o porte de arma de fogo para a população. “Do ponto de vista espiritual, não posso julgar a fé de ninguém. Do ponto de vista político, discordo da política de segurança. A proposta do Bolsonaro não foi desmoralizada não por um discurso, mas por um ato”.

Para atenuar a crítica ao PT, porém, ela voltou a dizer que defende o fim do foro privilegiado para que outros políticos com mandato possam ser punidos mais rapidamente em casos de corrupção.
A ex-senadora voltou a dizer que tem condições de governar, apesar da sua diminuta estrutura partidária, porque poderá fazer concessões em relação ao seu programa de governo, adequando suas propostas a outras correntes políticas que forem derrotadas.
Marina excetuou, contudo, os compromissos com o combate à corrupção e os compromissos ambientais. “Eu sou a única que tem capacidade de unir o país, porque vou acabar com a reeleição e não tenho preconceito com legado do PT e do PSDB”, garantiu.
Apesar da disposição em adequar seu programa de governo, caso venha a ser eleita, para formar alianças para governar, Marina voltou a dizer que não apostará em um modelo energético atual, com aumento da geração de energia térmica. Sua prioridade seria a geração de energia limpa.
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