A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, analisa com muita atenção o capital político acumulado à frente do governo Bolsonaro e pode pintar como a novidade na sucessão de Rodrigo Maia, que também é do DEM, no próximo ano. Ele não descarta a possibilidade de, posteriormente à crise do coronavírus, retomar o mandato de deputada federal para disputar as eleições para a Presidência da Casa, em 2021.
A disputa pela Presidência da Câmara não é para poucos. Mas Tereza não entraria sem força na disputa. Para a empreitada, a ministra tem o agronegócio nas mãos e, com isso, o apoio de boa parte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), composta por 243 deputados dos mais diversos partidos.
A favor de Teresa, pesa, também, a análise de ser alguém com o perfil de conseguir abrir um diálogo melhor com o Palácio do Planalto. Partiu do próprio Congresso o interesse para que ela seja a sucessora do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ela foi procurada por deputados interessados em saber se aceitaria.
Por estar no governo, avaliam que, teoricamente, ela seria uma das poucas pessoas com abertura junto a Bolsonaro. A ministra costuma sempre acompanhar o presidente em viagens e reuniões estratégicas. Seria um movimento do Congresso para abrir o diálogo com o Planalto. Inclusive, Teresa consultará o chefe do Executivo federal antes de tomar qualquer decisão.
Coronavírus
O interesse de Tereza em assumir a Presidência da Câmara existe. Contudo, ela está totalmente empenhada em superar os impactos do coronavírus no agronegócio. Na segunda-feira, 23, por exemplo, ela se reuniu por videoconferência com ministros de países da América do Sul para debater normas que assegurem o trânsito de alimentos durante a pandemia.
Dessa forma, a ministra sabe da viabilidade e busca se cacifar para uma possível disputa. Mas tem tomado cuidados em como se posicionar, de fato, para transformar uma probabilidade em realidade. Para, só então, conduzir uma pré-candidatura. Inclusive, ela conversa com o próprio Arthur Lira (PP-AL), um concorrente, para fechar algum tipo de parceria com o centro.
Com informações da Revista Oeste
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