A ministra Rosa Weber, do STF, decidiu há pouco autorizar a abertura de um inquérito contra Jair Bolsonaro. Agora, a Procuradoria-Geral da República investigará se o presidente cometeu crime de prevaricação por supostamente saber de um esquema de superfaturamento na compra da vacina Covaxin pelo governo brasileiro e não tomar nenhuma atitude.
A acusação partiu do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde.
A abertura do inquérito ocorre após a PGR ter levado uma bronca de Rosa. Os procuradores tinham dito à ministra que seria melhor esperar o encerramento da CPI para iniciar uma investigação própria dos fatos citados no colegiado.
Mas a ministra disse que a PGR deveria agir, pois o órgão não poderia atuar como um mero “espectador” do desenrolar dos fatos. Outro ponto importante é que o pedido ao STF não foi assinado pelo PGR, Augusto Aras, mas por seu vice, Humberto Jacques.
Entenda o caso
De acordo com os irmãos Miranda, Jair Bolsonaro sabe da existência de um esquema de superfaturamento no Ministério da Saúde para compra de vacinas.
O parlamentar e o servidor afirmaram ter detalhado os fatos para o presidente, que prontamente respondeu dizendo se tratar de “mais uma desse cara”.
Na CPI da Covid, o deputado Luis Miranda afirmou que o “cara” é o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
A acusação de prevaricação que paira contra o presidente, e ainda não foi desmentida pelo capitão reformado, existe porque não há nenhum registro de que Bolsonaro tenha solicitado que o caso fosse investigado ou tomado qualquer atitude com o objetivo de averiguar a denúncia.
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