Atual vice-presidente do Senado e líder do PSDB na Casa em 2016, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) avalia que o partido está pagando um preço alto na atual conjuntura política do país. “Já sabíamos disso quando o processo de impeachment começou a avançar mais”, admite.
Segundo Cássio, o partido tinha que tomar uma decisão diante da situação em que se encontrava o país. “A decisão era: vamos lavar as mãos e esperar que venha a próxima eleição ou vamos correr o risco e pagar o preço político de fazer aquilo que é preciso ser feito? Então foi o caminho que o partido optou com muita responsabilidade e com muito compromisso com o país”, diz.
Para o senador, o desgaste atual será julgado pela sociedade em 2018: “O PSDB paga um preço político muito elevado, mas teremos a oportunidade de no ano que vem discutir isso com a sociedade e ela vai julgar. Podem achar que assumimos um desgaste e que vei vai ser preciso uma alternância, mas eu não acredito que esse será o julgamento feito no ano que vem, quando as coisas começarem a dar sinais de melhora”, acredita.
O tucano lembra que sempre defendeu a realização de novas eleições, de preferência com Dilma ainda na presidência: “Infelizmente, por uma séria de razões, o TSE não julgou e o que restou foi a solução do impeachment, porque a presidente Dilma, de fato, cometeu crimes graves. Algumas pessoas dizem que com Temer está ruim, mas com Dilma o país estaria numa situação muito pior, pela completa falta de governabilidade que existia naquele momento”, avalia.
Cássio ressalta que as decisões do PSDB foram tomadas com consciência e responsabilidade: “Se o PSDB fosse usar uma postura oportunista, eleitoreira, tinha deixado Dilma sangrando para que todo o desgaste estivesse sobre a responsabilidade dela e do PT, que estava num momento de esvaziamento, para que nós pudéssemos chegar em 2018 como uma alternativa de oposição num campo crítico de combate. Só que fala mais alto para o PSDB o compromisso e a responsabilidade com o país”, afirma.
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