Denunciado pelo Ministério Público da Paraíba, o ex-procurador Gilberto Carneiro, investigado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, no âmbito da Operação Calvário, que apura uma organização criminosa responsável por desvio de recursos públicos no governo de Ricardo Coutinho (PSB), está a 20 dias de sentar no banco dos réus. Gilberto Carneiro foi denunciado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Ao apresentar na 5ª Vara Criminal de João Pessoa, defesa do ex-procurador do Estado, os advogados Geilson Salomão Leite e Gabriel Braga, alegam que o GAECO não possui provas que possam incriminar seu cliente. Os advogados alegam “ausência de justa causa para ação penal”. Segundo eles, Gilberto Carneiro não praticou o crime de peculato-desvio.
Delação Premiada
Ao abordar supostos crimes praticados pela organização criminosa, delatados pelo ex-servidor do Governo do Estado, Leandro Nunes, este ligado à ex-secretária Livânia Farias, ambos presos e soltos posteriormente submetidos a medidas cautelares, a defesa de Gilberto Carneiro alega que “não merece veracidade o testemunho prestado por Leandro em colaboração”.
O juiz da 5ª Vara Criminal de João Pessoa, Giovanm Magalhães Porto, rejeitou a preliminar apresentada pela defesa e marcou dia e hora para a audiência. “Não sendo caso de absolvição sumária de nenhum dos acusados, determino o regular prosseguimento do feito”, manifestou o magistrado. “Sendo assim, designo o dia 18 de novembro de 2019, às 14h, para a realização de audiência de instrução e julgamento”.
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