O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) disse que as exonerações de Gilberto Carneiro e Waldson Souza, que ocupavam a Procuradoria Geral e Planejamento, respectivamente, foram decisões tardias e que mostra o grau de envolvimento do governo João Azevedo com a corrupção investigada pela Operação Calvário. “Acordamos com uma nova fase da operação e coincidentemente com a exoneração de auxiliares que estariam envolvidos nessa organização criminosa, que é o caso Gilberto Carneiro e Waldson Sousa. O Governo age tardiamente, notadamente com base em informações vazadas para exonerar auxiliares de primeiro escalão na madrugada”, disse.
O parlamentar solicitou ainda que o Ministério Público apure o suposto vazamento de informações, pois isso pode acabar prejudicando essa operação.
Tovar afirmou também que a Calvário deve chegar ao ex-governador Ricardo Coutinho, que foi o articulador para trazer a organização criminosa Cruz Vermelha para a Paraíba. “O nosso estado está sendo passado a limpo. Nossas instituições, nossa justiça, que tenho ampla confiança, estão mostrando que quem comete crime é punido, independentemente do cargo que ocupa”, disse.
Nesta terça-feira (30), o Gaeco com a Polícia Rodoviária Federal encontra-se na rua cumprindo 18 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão de preventiva. Essa nova fase ocorre após a colaboração da ex-secretária de Administração Livânia Farias. Ela estava presa e foi solta após realizar delação.
A Operação Calvário investiga núcleos de uma organização criminosa, acusada de desvio de recursos públicos, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, através de contratos firmados com organizações sociais junto a unidades de saúde da Paraíba, com valores chegando a R$ 1,1 bilhão, possuindo atuação em outros estados, como o Rio de Janeiro.
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