O Palácio do Planalto deflagrou a reforma ministerial com um ultimato aos partidos e ministros: só terá direito a indicar o sucessor na pasta a legenda que garantir apoio ao governo e ao candidato oficial na disputa presidencial.
Esse recado já foi repassado aos ministros da Saúde, Ricardo Barros (PP); da Educação, Mendonça Filho (DEM); e da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD).
Os três já tiveram conversas reservadas com o chefe da Casa Civil, ministro Eliseu Padilha, nesses últimos dias. O blog apurou que nesta quinta-feira (1º), o encontro de Padilha foi com Ricardo Barros. O ministro da Saúde deseja indicar para o seu lugar o secretário-executivo da pasta.
Com Kassab, o encontro foi na quarta-feira e com Mendonça Filho, na terça.
O governo está de olho no movimento dos aliados. Isso porque o DEM deve lançar a pré-candidatura do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao Planalto na próxima semana. Mas uma parte do partido deseja manter o controle do Ministério da Educação.
Já o ministro Gilberto Kassab já está em negociação avançada para apoiar a candidatura presidencial do tucano Geraldo Alckmin. Kassab é apontado como o candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo prefeito João Dória ao governo de São Paulo.
Como revelou o blog no fim de semana, Temer só vai nomear indicados de ministros e partidos para as pastas que ficarão vagas até abril com a garantia de fidelidade das legendas. Apesar das negativas oficiais, Temer já trabalha sua candidatura à reeleição.
A ordem é evitar dar estrutura para partidos que já tenham projetos eleitorais com outras candidaturas. Mas aliados do governo avaliam que será um risco para o Planalto abrir mão de apoio parlamentar. “Esse governo precisa de sustentação no Congresso. Não pode ficar impondo condição de apoio à reeleição de Temer”, disse ao Blog um influente líder da base aliada na Câmara.
G1
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