Prefeito nega desvio de recurso público e reclama de constrangimento por condução coercitiva

O prefeito de Quiaxaba (no Sertão da Paraíba), Júlio Cesar de Medeiros (PMDB), conduzido coercitivamente nesta terça-feira (28), por agentes da Polícia Federal, para prestar depoimento por suspeita de desvio de recursos públicos, negou ter cometido crime e reclamou de passar por constrangimento com a condução. Ele foi levado para sede do Ministério Público Federal em Patos, prestou esclarecimentos e foi liberado.

Nesta manhã, o Ministério Público Federal (MPF) por meio da Procuradoria Regional da República da 5ª Região (PRR5), em Recife, da unidade do MPF em Patos e com apoio da Polícia Federal, auditores da Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas do Estado da Paraíba deflagraram a segunda fase da Operação Desumanidade. Foram obtidos no Tribunal Regional Federal da 5ª Região três mandados de prisão preventiva, 14 conduções coercitivas, dentre eles o prefeito de Quixaba, e dois mandados de busca e apreensão.

Representantes da Soconstroi Construções e Comercio LTDA são investigados por desvio de recursos em prestações de serviços para a cidade. Em 2015, a empresa venceu o processo licitatório no valor de  r$ 2.820,410,27 fazer realizar obras de esgotamento na cidade.

Segundo Júlio Cesar Medeiros o processo licitatório foi realizado dentro das leis. “Se a empresa teve problema foi em outro município. É uma empresa que está fazendo a parte dela em Quixama e estamos passamos por esse constrangimento. No mais está tudo tranquilo. O pessoal [agentes federais] foram muito cordiais. Essa empresa ganhou 100% do processo para o esgotamento. Não se pode penalizar ninguém porque está fazendo essa obra, a maior obra da história de Quixaba”, disse.

Na operação o sócio da empresa Soconstroi Construções e Comercio LTDA Cláudio Roberto Medeiros Silva  teve a prisão preventiva decretada. Outros dois empresários da construção civil também foram presos. Também foram conduzidos coercitivamente dois servidores municipais de Quixaba, representantes de empresas, sócios e familiares. Todos são obrigados a prestarem depoimento.