Suspense no âmbito da Operação Calvário por conta de um recurso, já concluso para o ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal) despachar e que pode conceder liberdade a Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, agora no PT. Gilmar pode decidir sobre o pedido a qualquer momento, conta Helder Moura, em seu blog, ao acentuar que na semana passada, o ministro do STF, que é relator do caso na Corte, acionou a ministra Laurita Vaz (Superior Tribunal de Justiça), solicitando oitiva sobre o pedido de Coriolano.
No último dia 11, Laurita Vaz, que é relatora da Calvário no STJ, encaminhou ao Supremo as informações solicitadas por Gilmar Mendes. Com isso, o processo se encontra concluso para decisão do ministro.
Em duas oportunidades anteriores, tanto Gilmar Mendes, quanto Laurita Vaz já se posicionaram contra pedido similar protocolado pela defesa de Coriolano, registra a publicação.
Os advogados de Coriolano alegam no novo pedido que ele é o único réu mantido preso, ao pedir ordem de ofício para revogar a prisão preventiva e aplicar medida cautelar ao investigado, ou determinar prisão domiciliar.
Coriolano constituiu, em sua nova investidura, uma banca com doze advogados de Brasília, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. O pedido foi protocolado, junto ao Supremo, em 27 de setembro último.
Coriolano foi preso a primeira vez, em dezembro de 2019, quando da Operação Calvário 7 (Juízo Final), juntamente com seu irmão Ricardo Coutinho e mais 15 pessoas acusadas pelo Gaeco de integrarem uma organização criminosa, que desviou mais de R$ 134 milhões em recursos da Saúde e Educação.
Em fevereiro de 2020, Coriolano foi solto e, posteriormente, preso, em dezembro de 2020 (Operação Calvário 10), por violação no uso da tornozeleira eletrônica.
Recentemente, a Justiça determinou uma segunda prisão de Coriolano, no âmbito da Operação Calvário 11ª e 12ª – A Origem, por participar de uma organização criminosa que atuou em licitações fraudulentas e pagamentos de propinas na compra de livros por parte do governo do Estado.