A Secretaria Geral da Mesa do Senado recebeu, nesta terça-feira (28), o protocolo do requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) cujo objetivo é investigar supostas irregularidades no Ministério da Educação (MEC), no caso que culminou com a saída do cargo do ex-ministro Milton Ribeiro. O pedido foi protocolado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O argumento para a instalação de uma CPI ganhou força após as suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações contra o ex-ministro da pasta Milton Ribeiro. Em uma ligação interceptada pela PF (Polícia Federal), Ribeiro disse à sua filha que recebeu informações de Bolsonaro teria tido um “pressentimento” de uma possível operação de busca e apreensão.
Para instalar uma CPI, são necessárias pelo menos 27 assinaturas. Até hoje, 29 nomes constavam na lista. Os últimos a serem incluídos entre os apoiadores foram os dos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação da Casa.
Aliados de Bolsonaro trabalhavam, contudo, para dissuadir alguns desses parlamentares, como o caso de Eduardo Braga (MDB-AM) e Giordano (MDB-SP).
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