O suposto envolvimento da parlamentares da base governista na Assembleia Legislativa no escândalo da Cruz Vermelha, organização tida como social, que administra o Hospital de Trauma, na Capital e que é alvo da Operação Calvário, dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e Paraíba, parece ter ficado mais evidente na sessão desta quarta-feira (27), encerrada após bate-boca entre os deputados. Cida Ramos (PSB), uma das mais exaltadas, disse que o deputado Raniery Paulino (MDB) teria chamado o ex-governador Ricardo Coutinho de ladrão, no plenário.
“Eu acho que são acusações muito graves. Contra Ricardo Coutinho não pesa absolutamente nada. Como parlamentar e ex-gestora não posso aceitar esse tipo de provocação, de mentiras. Ele disse uma coisa, eu disse outra. Disse que ele gosta de ser vítima, de acusar, mas não aceita acusações”, frisou.
Paulino rebateu e acusou o grupo governista de finalizar o expediente porque os parlamentares abordaram a investigação contra a organização social Cruz Vermelha. “É importante que se registre e que fique consignado por que a sessão foi encerrada. Porque se falou em Cruz Vermelha. Eu apresentei um requerimento para o conselheiro vir aqui e trazer a exposição sobre o voto dele da Cruz Vermelha onde ele imputou um débito de R$ 8 milhões e 900 mil”, explicou o emedebista.
Segundo o parlamentar, essa é uma temática difícil de ser tratada pelos apoiadores do governo. “É uma temática sensível, é um tema tabu para a base do governo e aí cria-se esse desvio de rota”, registrou.
Paulino ainda afirmou que pediu para que a sessão se mantivesse encerrada em respeito aos servidores da Casa, já que ambiente estava bastante hostil.
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