O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) cassou, na tarde desta segunda-feira (2), os mandatos de dois vereadores de Mari, na Zona da Mata paraibana por fraude na cota de gênero nas eleições 2020. No entendimento da corte, o parlamentar do Progressista colocou duas candidatas na chapa apenas para compor a cota de gênero exigida pela Justiça Eleitoral.
Neto Martins, que foi o vereador mais votado na cidade, deixará a Câmara Municipal. Zeca Gomes, outro vereador da sigla, também teve o mesmo destino. O TRE-PB determinou que os votos obtidos pelo Progressista sejam anulados e haja uma retotalização dos sufrágios.
As candidatas Josivândia Gomes de Jesus de Sousa e Mariane da Silva Guedes receberam a sanção de inelegibilidade por oito anos. Nessa votação, a inelegibilidade também foi para João Eduardo de Sousa Lima, filho de uma das candidatas por entender que ele sabia da fraude.
No final da votação, a presidente da Corte Eleitoral, desembargadora Maria Fátima Bezerra, fez uma explanação sobre o caso e mandou um recado para os partidos que insistem em tentar burlar dispositivo da cota de que tem o objetivo promover a inserção de mulheres na política.
“O TRE espera que a nossa posição sirva de modelo e parâmetro. Vamos cumprir a lei e fazer mais um apelo para que as mulheres sejam candidatas para valer. Os homens precisam estarem atentos, mas as mulheres mais ainda par anão emprestarem seus nomes ficticiamente”, argumentou.
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