O Tribunal Superior Eleitoral, (TSE) abriu nesta segunda-feira (11) a etapa de inspeção dos códigos-fonte das urnas eletrônicas para a eleição de 2022.
Essa fase dura duas semanas e faz parte dos preparativos para o Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação, que vai ocorrer em novembro.
Ao todo, 39 pessoas se inscreveram para atuar na inspeção dos códigos-fonte – são os chamados “investigadores”. Entre as atividades que esses especialistas vão desempenhar está a elaboração de um “plano de ataque” às urnas eletrônicas.
Esse teste de ataque deve ser enviado ao TSE até o dia 25 de outubro. Em novembro, os mesmos investigadores retornarão à Justiça Eleitoral para executar o plano e tentar encontrar nas urnas alguma vulnerabilidade a ser corrigida.
De acordo com José de Melo Cruz, coordenador de sistemas eleitorais do TSE, essa etapa de testes servirá para mostrar “onde podemos melhorar”. “[É] Apenas o início do processo, que os senhores possam olhar o código fonte e depois fazer seus planos de ataque para que no evento principal os senhores possam nos atacar”, disse Melo.
O coordenador também reforçou a segurança da urna e negou que o sistema eletrônico permita alguma alteração no resultado eleitoral. Ele disse que, se alguma fraude acontecesse, seria facilmente descoberta.
“Imaginar que a Justiça Eleitoral pode, a partir do momento da publicação do boletim da urna e na transmissão ou na totalização, alterar esse resultado, é admitir que todos os brasileiros que participam desse processo são tolos. Porque é uma fraude tola, uma fraude que qualquer pessoa, bastando procurar as partes, verifica a soma geral. Então, essa fraude que se fala na totalização e na transmissão [dos votos] é a fraude mais tola de todas e simplesmente inviável, porque ela seria descoberta facilmente”, afirmou.
Melo acrescentou ainda que a abertura do código-fonte não impõe riscos ao processo eleitoral. “Quanto mais você abre, mais transparência você consegue e evita a fraude. Porque se alguém falar alguma coisa errada, outras pessoas falarão a coisa certa. Combate-se a fraude não com segredo, mas com transparência”, disse.
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